Impasse sobre o clima em reunião do G7

Uma cúpula dos líderes do G7 na sexta-feira não conseguiu fazer progressos na redução das diferenças entre os Estados Unidos e seus parceiros sobre a mudança climática, disse a anfitriã Itália.

Com o presidente Donald Trump ainda analisando a posição dos EUA, Washington está resistindo à intensa pressão para se comprometer a permanecer dentro do quadro do acordo global de 2015 para reduzir as emissões de carbono.

"A questão do acordo climático de Paris ainda está pendente", disse o primeiro-ministro Paolo Gentiloni em entrevista coletiva depois que os líderes mantiveram conversas sobre o assunto.

Merkel descreveu o debate sobre o clima como "controverso". Houve uma troca de opiniões "muito intensa", disse ela.

Gary Cohn, consultor econômico de Trump, disse que o presidente disse a seus colegas que ele considerava o ambiente como importante.

Em evolução

"Suas opiniões estão evoluindo, ele veio aqui para aprender", disse Cohn. "Sua base para a decisão será o que é melhor para os Estados Unidos".

Gentiloni entrou na cúpula reconhecendo profundas divisões, mas esperando algum sinal de flexibilidade dos EUA.

Trump fez campanha com o compromisso de abandonar o compromisso dos Estados Unidos de aplicar o acordo de Paris de 2015, que visa reduzir o aquecimento global ao reduzir as emissões de carbono. Os Estados Unidos são o maior emissor do mundo depois da China.

Ele ainda tem que agir em sua ameaça, tendo dito que iria ouvir o que os parceiros dos EUA têm a dizer antes de tomar uma decisão sobre como proceder.

Abandonar o acordo de Paris implicaria um alto custo político na Europa e na China, onde o acordo é considerado um alicerce da ação sobre a mudança climática, dizem analistas.

Fonte: TRTWorld e agências