Putin decide não retaliar após as sanções dos EUA

Trump diz que líder russo é "muito esperto" por rejeitar a proposta do Ministério das Relações Exteriores de expulsão de 35 diplomatas americanos

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Putin decide não retaliar após as sanções dos EUA

O presidente Vladimir Putin decidiu não expulsar 35 diplomatas norte-americanos, uma medida recomendada pelo Ministério das Relações Exteriores russo em resposta a medidas punitivas dos EUA, disse o Kremlin em um comunicado nesta sexta-feira.

"Não criaremos problemas para os diplomatas americanos, e não expulsaremos ninguém", disse Putin.

No início da sexta-feira, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia propôs que Putin expulsasse 35 diplomatas dos EUA, conforme afirmou o ministro das Relações Exteriores, Sergey Lavrov, à televisão russa.

A proposta veio um dia depois que os Estados Unidos aplicaram penas de grande alcance sobre a Rússia, incluindo a deportação de 35 supostos agentes de inteligência, suspeitos de interferirem nos resultados das eleições deste ano para favorecer a campanha do presidente eleito Donald Trump.

Trump elogiou a "grande jogada" de Putin no final da sexta-feira. "Eu sempre soube que ele era muito inteligente!", disse ele no Twitter.

As sanções norte-americanas visam nove entidades e indivíduos, incluindo a principal diretoria de inteligência da Rússia, o GRU, e seu Serviço de Segurança Federal, o FSB.

O presidente Barack Obama disse na quinta-feira que os 35 funcionários que estão sendo expulsos são "agentes de inteligência". Os funcionários e suas famílias receberam 72 horas para deixarem os EUA.

Putin chamou a medida de um passo "hostil" da administração de Obama, que visava "minar" as relações com os russos. Ele acrescentou que a decisão era "contrária" aos interesses fundamentais do povo russo e americano.

O presidente russo também afirmou que seu país vai tomar medidas para restabelecer as relações russo-americanas de acordo com a atitude de Trump, que assumirá o cargo dia 20 de janeiro.

Putin concluiu dizendo que era uma "vergonha" que o governo Obama estivesse concluindo dessa forma.



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