Guia do G20 para melhor compreender este encontro crucial

Restam apenas alguns dias antes da cimeira do G20. A cimeira do G20 em 2015, na Turquie, terá lugar a 15 e 16 de Novembro, em Belek, na província de Antália. Os olhos estão agora voltados para a Turquia. As medidas de segurança tomadas em Antália, que está pronta para o encontro são ótimas, a vigilância será constante e reforçada.

O aeroporto de Antália, que recebe anualmente 25 milhões de passageiros, foi equipado com uma área de estacionamento para 60 aeronaves para a cimeira do G20 e 34 aeronaves para o trafego diário. Mais de 2000 jornalistas foram credenciados para o evento, a maioria deles já chegaram.

Mais de 5000 carros de luxo foram alugados para os participantes da Cimeira do G20.

O que é o G20, que reúne os líderes da economia e política mundiais? Quem vai participar na cimeira? Que temas serão abordados durante a cimeira? Quais são as prioridades da Turquia? Aqui está o guia do G20:

O que é o G20?

O G20 é a abreviatura para o Grupo dos Vinte (20) e inclui os 20 países mais desenvolvidos e industrializados do mundo e a União Europeia. As decisões são tomadas por consenso entre os líderes.

Os países do G20 representam 85% da economia mundial e 75% do comércio mundial. A cimeira ocorre anualmente sob os auspícios do presidente em exercício. A cimeira do G20 em 2015 será em Belek e é a décima reunião do Grupo dos Vinte.

 Quem são os seus membros?

Turquia, Estados Unidos, Reino-Unido, Rússia, Japão, Canadá, Alemanha, França, Itália, Austrália, Brasil, Argentina, Índia, China, Indonésia, México, Arábia Saudita, África do Sul, Coreia do Sul e União Europeia, representada pelo Presidente do Conselho Europeu e da Comissão Europeia.

Os participantes são todos Estados?

Não. Organizações como o FMI, o Banco Mundial, a OCDE, a Organização Mundial do Comércio e as Nações Unidas participam nas reuniões.

O que nos traz a organização da cimeira?

A organização tem contribuído significativamente para a visibilidade da Turquia nos mercados mundiais. A cimeira é uma importante plataforma que irá permitir à Turquia expressar as suas ideias.

Quem vai participar na cimeira do G20 em Antália?

Chefes de Estado e de governo, incluindo o presidente dos EUA, Barack Obama, chefe de Estado russo, Vladimir Putin, primeiro-ministro britânico, David Cameron, a chanceler alemã, Angela Merkel, o presidente francês, François Hollande, e o presidente da República Popular China, Xi Jinping, vão participar na cimeira. A Turquia também convidou para a cimeira o Azerbaijão, a Malásia, que atualmente preside ASEAN, o Senegal representando o NEPAD, Singapura, Espanha e o Zimbabwe, atual presidente da União Africana.

Que discursos vão realizar os líderes durante a cimeira?

As primeiras cimeiras do G20, fundado em 1999, concentrou-se mais em reuniões e trabalho sobre o reforço da estabilidade financeira internacional, mas nos últimos anos as questões têm-se concentrado em questões políticas e sociais importantes que afetam o mundo inteiro, tais como o terrorismo, as alterações climáticas e o desenvolvimento sustentável.
A crise dos migrantes e o terrorismo do Daesh devem estar no centro das negociações bilaterais à margem da Cimeira do G20. A cimeira do G20 vai reunir líderes das vinte maiores economias do mundo e vai abordar as reformas e as estratégias para sair da estagnação mundial nos capítulos do crescimento, investimento, comércio, emprego e concorrência. As iniciativas a tomar no âmbito da " Objetivos do Desenvolvimento sustentável - Agenda 2030" discutidos durante a Assembleia Geral das Nações Unidas também deve estar na ordem do dia. Um novo plano de ação para lutar contra a evasão fiscal, incluindo também as grandes multinacionais, deve ser aprovado.

Quais são as prioridades da Turquia?

A Turquia deverá trazer à agenda os problemas da atualidade, como a situação na Síria, os imigrantes sírios e a luta contra o terrorismo. O terrorismo e a crise dos migrantes devem ser abordados durante um jantar de trabalho a ser realizada na noite de 15 de Novembro por convite de Erdoğan. De acordo com os responsáveis do Ministério dos Negócios Estrangeiros, a Turquia irá chamar à atenção para o impacto negativo da instabilidade na Síria, o derramamento de sangue e a situação neste país, sobre todos os países da região, incluindo a Europa, e não só nos países vizinhos, devido à crise dos migrantes.