Presidente turco defende organização saudita do Hajj

Recep Tayyip Erdogan diz que "não é uma abordagem correta colocar a culpa na Arábia Saudita”

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Presidente turco defende organização saudita do Hajj

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan falou em defesa da Arábia Saudita, na sequência da tragédia da peregrinação de Hajj, que deixou mais de 750 peregrinos mortos.

"Não é certo ter a abordagem de colocar a culpa na Arábia Saudita", disse ele a repórteres em Istambul. "Pelo contrário, durante o Hajj e Umrah que participei, eu observei de perto o nível de sensibilidade na organização do trabalho realizado lá. Portanto, não posso dizer que a organização está errada".

"Eu acredito que o governo da Arábia Saudita irá tomar algumas decisões, assim como eles fizeram para agir de forma decisiva após o incidente de construção."

Pelo menos 800 peregrinos ficaram feridos na quinta-feira perto da cidade sagrada do Islã de Meca, na Arábia Saudita.

A tragédia aconteceu em Mina, a cerca de 5 km (3 milhas) ao leste da Meca, pouco depois de peregrinos realizarem um ritual de "apedrejamento do diabo" no Jamarat.

De acordo com dados da Arábia Saudita, cerca de 2 milhões de muçulmanos de todo o mundo estão participando do Hajj deste ano.

A tragédia ocorreu duas semanas depois que 107 pessoas morreram quando um guindaste desabou na Grande Mesquita de Meca, que estava repleta de adoradores no momento.
Em outros comentários após um encontro com o presidente da Macedônia, Erdogan tocou sobre a guerra civil na Síria.

"Se Assad tem um pouco de amor pela Síria, se ele tem um pouco de amor pelo povo sírio, ele tem que sair", disse Erdogan.

"Não temos qualquer problema com a Síria nem o mundo nem Assad deve esquecer que temos uma fronteira de 911 quilômetros [com a Síria] e estamos sob a ameaça de organizações terroristas lá.”

"Nós podemos ser pacientes até um certo ponto. Até mesmo a paciência tem um limite."

O conflito sírio, agora em seu quinto ano, levou à morte de pelo menos 250.000 pessoas.

A guerra envolve uma série de grupos militantes, incluindo Daesh e Unidades Curdas de Proteção do Povo, sendo esta última estreitamente relacionada com os terroristas do PKK na Turquia lutando em suas províncias do leste e sudeste.


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