Pedidos de asilo sobem em países Nórdicos

O efeito das crises na África e no Médio Oriente se espalhou para a Finlândia, que espera quatro vezes mais requerentes de asilo este ano em comparação ao ano anterior.

O Ministério do Interior da Finlândia disse em um comunicado na quinta-feira: "As estimativas mais recentes do Serviço de Imigração finlandês sugerem que o número de pessoas pedindo asilo na Finlândia este ano poderá chegar a 15 mil."

O ministério disse que a Finlândia recebeu 3.600 requerimentos de asilo no ano passado, acrescentando que a causa por trás do aumento dos pedidos de asilo é a crise na África e no Oriente Médio, de onde milhares de migrantes atravessaram o Mediterrâneo, fugindo da guerra e da perseguição em suas cadas.

Sampo Terho, presidente do anti-imigrante Partido dos Verdadeiros Finlandeses (Perussuomalaiset) disse em um comunicado na quinta-feira: "Durante anos, temos advertido sobre o aumento das despesas relacionadas com os requerentes de asilo e agora o problema está próximo."

Países nórdicos, como a Suécia e a Dinamarca também viram um aumento nos pedidos de asilo nos últimos anos.

O número de requerentes de asilo na Dinamarca quase duplicou no ano passado, com 14,815 em 2014 em comparação com 7557, em 2013, de acordo com o serviço de imigração dinamarquês.

A Suécia recebeu a maior parcela da UE no ano passado, 626.000 requerentes de asilo, com base em seu tamanho da população.

A Suécia deve receber 74.000 requerentes de asilo em 2015, em comparação com 85.000 em 2014, de acordo com seu registro de migração.

O aumento da popularidade da extrema direita da Suécia e anti-imigrante dos Democratas da Suécia, com raízes e história dos movimentos fascistas, tornou-se o partido mais popular do país, de acordo com uma pesquisa divulgada pela YouGov na quinta-feira.

De acordo com a YouGov, uma empresa de pesquisa de mercado internacional, os Democratas da Suécia têm o apoio de 25,2 por cento dos eleitores na Suécia, superando os social-democratas no poder com 23,4 por cento e os moderados de centro-direita, com 21 por cento.

A pesquisa foi realizada entre 14 de agosto e 17 este ano, com 1.527 respondentes, composto de homens e mulheres entre as idades de 18 e 74 anos.