Julian Bond morre aos 75 anos

O ativista norte-americano dos direitos civis e ex-líder da NAACP (associação de defesa dos direitos da população negra), Julian Bond, que surgiu como um dos estudantes ativistas mais prominentes nos turbulentos anos 60, morreu, no sábado, aos 75 anos.

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Julian Bond morre aos 75 anos

Bond morreu em Fort Walton Beach, na Flórida, de acordo com o comunicado do SPLC (Southern Poverty Law Center), que não mencionou a causa da sua morte. Bond foi o primeiro presidente do SPLC, organização internacional dedicada aos direitos civis. 

"O país perdeu uma das suas mais apaixonadas e eloquentes vozes pela causa da justiça", disse Morris Dees, fundador do Southern Poverty Law Center.

"Julian Bond foi um herói e, eu sou privilegiado em poder dizer isso, um amigo. Justiça e igualdade eram a missão que guiava a sua vida", disse o presidente norte-americano Barack Obama em comunicado. "Julian Bond ajudou a mudar este país para melhor."

Bond foi o primeiro negro nomeado para a vice-presidência dos Estados Unidos por um grande partido político, mas teve que desistir da candidatura porque era sete anos mais jovem que o exigido para ocupar o segundo cargo mais alto da democracia norte-americana.

"Fui um dos muitos que agarrou a oportunidade que as manifestações dos anos 60 ofereciam --que era combater a segregação da maneira mais simples: sentando-se", disse Bond numa entrevista em 2006.

Bond também deu aulas em diversas universidades e tornou-se um aclamado escritor. Nos últimos anos, era comentador regular no "The Today Show", e chegou a apresentar o famoso programa de comédia da NBC "Saturday Night Live."

Ele deixa esposa, Pamela Horowitz, e cinco filhos, de acordo com o Southern Poverty Law Center.


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