Aumenta a tensão entre a Rússia e os Estados Unidos

O Pentágono avisa: “a Rússia está a brincar com o fogo na questão das armas nucleares”.

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Aumenta a tensão entre a Rússia e os Estados Unidos

A Rússia está “brincando com fogo” na questão de armas nucleares, e os Estados Unidos estão determinados a evitar que o país ganhe uma significante vantagem militar, através de violações do Tratado das Forças Nucleares de Alcance Intermediário - disse o vice-chefe de Defesa dos EUA nesta quinta-feira.

O vice-secretário de Defesa, Robert Work, falando a parlamentares na Câmara dos Deputados, também disse que modernizar e manter forças nucleares norte-americanas nos próximos anos, consumiria até 7 por cento do orçamento de defesa do país, ante 3 a 4 por cento atualmente, algo que poderia colocar mais pressão sobre outros programas - a menos que sejam aprovados financiamentos adicionais.

Durante sessão do Comitê da Câmara para Forças Armadas, Work disse que o esforço de Moscou para utilizar suas forças nucleares, a fim de intimidar seus vizinhos, havia falhado, e ocasionou em um maior estreitamento entre aliados da Otan.

“Qualquer um que pensa que eles podem controlar a escalada através do uso de armas nucleares está literalmente brincando com fogo”, afirmou Work. “Escalada é escalada, e uso nuclear será a escalada final.”

O vice-chefe de Defesa disse que a Rússia continuava a violar o Tratado das Forças Nucleares de Alcance Intermediário (INF, na sigla em inglês), o qual proíbe mísseis balísticos e de cruzeiro com uma distância de 500 a 5.500 quilômetros.

Work disse que o Pentágono estava desenvolvendo opções para o presidente Barack Obama considerar como resposta às violações do tratado, e para não deixar a Rússia “ganhar significante vantagem militar através das violações do INF.”

Os EUA devem embarcar em um custoso esforço de longo prazo para modernizar sua envelhecida força nuclear, incluindo armamentos, submarinos, aviões bombardeiros e mísseis balísticos. Estimativas de custo vão de 355 bilhões de dólares em uma década, para cerca de 1 trilhão em 30 anos - REUTERS


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