ONU: Temor de escassez de alimentos na Coreia do Norte

Organização para a Alimentação e Agricultura libera previsão de colheita do arroz para a Coreia do Norte, que afirmou esta semana estar no meio de sua pior seca em 100 anos.

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ONU: Temor de escassez de alimentos na Coreia do Norte

Uma chuva da monção varreu a Península da Coreia, no sábado, proporcionando o alívio tão necessário, logo após uma agência das Nações Unidas alertar que a Coréia do Norte está enfrentando uma redução de 12 por cento da colheita de arroz devido à seca.

Um período anormal de seca nos últimos meses deixou ambas as Coreias em busca de respostas. Enquanto o Sul está buscando formas para gerir os recursos hídricos e apoiar os agricultores que lutam contra a seca, a sobrevivência está em jogo para as pessoas no Norte.

A agência de notícias oficial de Pyongyang KCNA informou na quarta-feira que a Coréia do Norte estava passando por sua "pior seca" em um século.

Considerando a terrível escassez do país que ocorreu na década de 1990, e causou centenas de milhares de vidas, o anúncio de Pyongyang aumentou a preocupação global.

Mesmo que o Norte tenha avançado em métodos agrícolas desde os anos 1990, a agência das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação alertou neste sábado que outras colheitas também podem ser danificadas pela seca.

A principal questão levantada pelo relatório da organização diz respeito à produção de arroz norte-coreano, que está previsto em 2,3 milhões de toneladas este ano - uma queda anual de 0,3 milhões de toneladas, já que um quarto das plantações de arroz do país foram atingidas pela seca.

A ONU tinha conhecimento da escassez de alimentos da Coréia do Norte, e iniciou uma campanha de dois meses para levantar 111 milhões dólares americanos, considerando que 18 milhões de norte-coreanos estão sem acesso seguro aos alimentos.

A China também prometeu esta semana ficar ao seu aliado tradicional, mas os críticos têm apontado que o Pyongyang tem ignorando as resoluções da ONU e sanções, prosseguindo com a sua política militar de desenvolver armas nucleares, enquando os recursos poderiam ser mais bem aproveitados.


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