Estados Unidos torna público relatório sobre 9/11

Os inspetores dizem que os serviços de inteligência não tinham estratégia para impedir a Al-Qaeda.

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Estados Unidos torna público relatório sobre 9/11

A CIA revelou documentos com quase 500 páginas, 10 anos após a conclusão de uma investigação sobre supostas falhas dentro do serviço de inteligência, que podem ter levado a uma falha em impedir os ataques que ocorreram em setembro de 2001.

A investigação do Gabinete do Inspetor-Geral, criado em 2005, descobriu vários problemas sistêmicos dentro das agências de inteligência do país, indicando a perda de dvertências sobre os ataques em alvos norte-americanos do evento de 9/11.

"A respeito de outras questões, a equipe concluiu que a CIA e os seus funcionários não cumpriram suas responsabilidades de forma satisfatória", dizia o relatório.

De acordo com o relatório, os inspetores também descobriram que agências de inteligência "não tinham um plano estratégico abrangente" para impedir a ameaça da Al-Qaeda.

O relatório do inspetor-geral também acusa George Tenet, o ex-chefe da CIA, de não desenvolver uma estratégia contra a Al-Qaeda, "apesar de sua orientação direta de que isso deveria ser feito ".

"O relatório desafia o meu profissionalismo, diligência e habilidade em conduzir os homens e mulheres da inteligência dos Estados Unidos no combate ao terrorismo", escreveu Tenet para Helgerson.

Embora tenha havido especulações de que alguns funcionários da Arábia Saudita podem ter apoiado o líder da Al-Qaeda, Osama bin Laden, os pesquisadores observam uma falta de evidência para apoiar tal afirmação.

"A equipe não encontrou nenhuma evidência de que o governo saudita tenha apoiado de forma consciente e voluntariamente os terroristas da Al-Qaeda", dizia o relatório.

O documento é uma compilação da versão completa da investigação do Gabinete do Inspetor-Geral, além de diversos outros documentos relacionados, assim como outros dois relatórios do Centro de Combate ao Terrorismo, que foram lançados em 2005 e 2010.


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