Ministro Mauro Vieira do Brasil reuniu-se na Palestina com Abbas

O Presidente palestiniano Mahmoud Abbas afirmou que a sua prioridade é impedir que o exército israelita ocupe a cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza.

De acordo com a agência noticiosa palestiniana WAFA, Mahmoud Abbas recebeu o Ministro dos Negócios Estrangeiros brasileiro Mauro Vieira, que se deslocou à Palestina para conversações, no Palácio Presidencial da cidade ocupada de Ramallah, na Cisjordânia.

"A questão urgente e prioritária para nós é impedir que as forças de ocupação israelitas invadam a cidade de Rafah, onde estão mais de 1,5 milhões de palestinianos deslocados, e causem uma catástrofe humanitária", disse Abbas durante o encontro.

Apelando a um maior esforço internacional para impedir Israel de lançar um tal ataque, Abbas exigiu que os esforços internacionais obriguem Israel a pôr termo à sua agressão, a abrir todos os portões à entrada de ajuda humanitária e a iniciar a reconstrução de Gaza.

Mahmoud Abbas informou Vieira sobre a situação política nos territórios palestinianos e os esforços que estão a ser desenvolvidos para pôr termo ao massacre do povo palestiniano.

O Primeiro-Ministro interino Mohammed Ishtiyya, que também esteve presente na reunião, afirmou que as suas prioridades são o cessar-fogo, a paragem dos ataques à Faixa de Gaza e a abertura de todas as passagens fronteiriças para a entrada de ajuda médica e humanitária.

Por sua vez, o Ministro dos Negócios Estrangeiros do Brasil, Vieira, sublinhou que o seu país apoia o povo palestiniano nos seus direitos e na sua autodeterminação e que a solução de dois Estados não pode ser abandonada.

O Brasil e o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva "repudiam o massacre em Gaza", afirmou Vieira, acrescentando que "é imperativo que a guerra de massacre cesse e que a ajuda humanitária entre na Faixa de Gaza".

Ressaltando a importância do papel da Agência da Organização das Nações Unidas (ONU) de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Próximo (UNRWA), o Ministro Vieira disse que o trabalho da UNRWA não deve ser interrompido por causa das alegações, sendo que nenhuma das quais foi provada até agora.

"O Brasil vai aumentar a ajuda à UNRWA este ano", afirmou Vieira.

O Ministro dos Negócios Estrangeiros, Riyad al-Maliki, também se reuniu com o seu homólogo brasileiro no Ministério dos Negócios Estrangeiros.