179 corpos que estavam acumulados no Hospital Shifa foram enterrados em valas comuns
Por não conseguirem enterrar 179 corpos acumulados no pátio do hospital e dentro do hospital, devido aos intensos ataques de Israel e ao cerco da área circundante, decidiram escavar uma vala comum no Hospital Shifa em Gaza.
O Ministério da Saúde de Gaza anunciou que "informámos a Cruz Vermelha de que começámos a escavar uma vala comum no Hospital Shifa, depois de os nossos esforços para remover os corpos terem falhado".
Youssef Abu Riysh, o adjunto do Ministério da Saúde palestiniano em Gaza, advertiu que a acumulação de cadáveres no Hospital Shifa poderia conduzir a uma catástrofe sanitária.
Abu Riysh afirmou que não conseguiram enterrar mais de 100 corpos no pátio do hospital e dentro do hospital, devido aos intensos ataques de Israel e ao cerco da área circundante.
Salientando que Israel tinha como alvo tudo o que se move em torno do hospital, Abu Riysh disse que os corpos estavam empilhados no hospital.
O responsável palestiniano disse que o pessoal médico e os funcionários estavam a tentar enterrar os corpos, mas isso não era possível sob ataques intensos.
Mohammed Abu Salmiya, Diretor do Hospital Shifa, disse que 179 pessoas que estavam no hospital foram enterradas numa "vala comum".
"Tivemos de os enterrar numa vala comum", disse Salmiya, acrescentando que 7 bebés e 29 doentes dos cuidados intensivos estavam entre os sepultados.
O exército israelita, que mantém sob cerco o Hospital Shifa, na Cidade de Gaza, e alguns hospitais da região, tem estado a atacar o hospital com frequência.
Por outro lado, o movimento de resistência palestiniano, Hamas, declarou que as declarações de Josep Borrell, Alto Representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, segundo as quais "os hospitais e os civis estão a ser utilizados como escudos humanos" em Gaza eram "uma cobertura europeia para os crimes cometidos por Israel".
