ONU abstém-se de condenar os ataques de Israel a Jenin
O Secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, manifestou a sua "profunda preocupação" com os acontecimentos em Jenin.
![ONU abstém-se de condenar os ataques de Israel a Jenin](http://cdn.trt.net.tr/images/xlarge/rectangle/727e/7e28/6620/64a3b9ce933e6.jpeg?time=1718931449)
O Secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, manifestou a sua "profunda preocupação" com os acontecimentos em Jenin.
De acordo com uma declaração escrita divulgada pelo Gabinete do Secretário-geral da ONU, Guterres expressou a sua preocupação com o ataque israelita em Jenin:
"Todas as operações militares devem ser efetuadas de acordo com o direito humanitário internacional".
Por outro lado, a ONU absteve-se de condenar os ataques de Israel à cidade ocupada de Jenin, na Cisjordânia, e apelou à contenção.
O Porta-voz adjunto da ONU, Farhan Haq, respondeu a perguntas sobre o ataque israelita a Jenin durante a conferência de imprensa diária.
Questionado sobre se a ONU iria condenar os ataques organizados por veículos aéreos não tripulados (UAV), Haq disse:
"Os ataques armados a zonas densamente povoadas são inaceitáveis. Já o dissemos várias vezes", afirmou.
"Queremos que cessem os ataques a todas as zonas residenciais ", disse Haq, abstendo-se de condenar os ataques com drones, apesar das perguntas persistentes.
Haq salientou que todas as partes devem respeitar o direito humanitário internacional:
"Israel tem o direito de conduzir operações de segurança, mas deve fazê-lo sem causar vítimas civis e sem danificar as infra-estruturas civis".
Questionado sobre se o povo palestiniano tem o direito de se defender, Haq disse:
"Todos os povos têm direito à auto-defesa. Só queremos que haja uma redução da tensão no terreno".
Quando questionado: "Porque é que a ONU, que condena a morte de israelitas, não condena o ataque de Jenin?", Haq recordou que o Secretário-geral da ONU, António Guterres, condenou todos os tipos de violência numa declaração escrita nas últimas semanas.
Tor Wennesland, Coordenador Especial da ONU para o Processo de Paz no Médio Oriente, numa declaração escrita sobre o ataque, salientou que a tensão crescente é muito perigosa.
Wennesland afirmou:
"A operação militar israelita surge após meses de escalada de tensões e recorda-nos mais uma vez como a situação na Cisjordânia ocupada é volátil e imprevisível. Todos têm a obrigação de proteger a população civil".