Arábia Saudita condena oito pessoas pela morte do jornalista Jamal Khashoggi
O colunista do Washington Post foi assassinado no consulado saudita em Istambul, há quase dois anos.
AA - O Ministério Público saudita condenou na segunda-feira oito pessoas, no caso do jornalista Jamal Khashoggi, assassinado no consulado de seu país em Istambul há quase dois anos.
O canal de televisão semi-oficial Al-Arabiya indicou que cinco pessoas foram condenadas a 20 anos de prisão, enquanto outras três receberam penas de prisão entre sete e 10 anos.
"O gabinete do promotor saudita confirmou que o direito pessoal no caso Khashoggi terminou com uma renúncia / perdão legal por parte dos seus familiares" – indicou o canal Al-Arabiya.
Khashoggi, um colunista do jornal The Washington Post, foi assassinado e esquartejado por um grupo de agentes sauditas, logo após entrar no consulado do país em Istambul, a 2 de outubro de 2018.
Riade ofereceu várias narrativas contraditórias para explicar o seu desaparecimento, antes de finalmente reconhecer que ele foi morto no edifício diplomático. O corpo de Khashoggi nunca foi encontrado.
A Relatora Especial da ONU sobre Execuções Extrajudiciais, Agnes Callamard, concluiu num relatório que o assassinato de Khashoggi foi uma "execução deliberada e premeditada", e pediu uma investigação sobre o possível papel no assassinato.do príncipe herdeiro saudita Mohammad bin Salman
As autoridades sauditas, insistiram no entanto que o príncipe herdeiro não esteva envolvido no assassinato.
A Arábia Saudita anunciou, no final do ano passado, que cinco pessoas foram condenadas à morte por participarem no assassinato de Khashoggi.
