Liga dos Estados Árabes define Hezbollah como organização terrorista
Agência estatal de notícias do Egito diz que Liga dos Estados Árabes declarou o grupo Hezbollah do Líbano como organização terrorista.
A Liga dos Estados Árabes tem definiu o grupo Hezbollah do Líbano como uma organização terrorista em reunião na sexta-feira, disse a agência de notícias estatal egípcia MENA.
"O Comitê do ministro das Relações Exteriores da Liga dos Estados Árabes decidiu na sexta-feira considerar o Hezbollah uma organização terrorista", disse o comunicado.
Desde 2013 os Estados do Golfo intensificaram as sanções contra o Hezbollah por seu apoio ao regime de Assad na guerra civil síria.
A declaração veio horas após a delegação saudita sair da reunião após um discurso do ministro das Relações Exteriores iraquiano, Ibrahim al Jaafari em que defendia o grupo militante xiita Hashd Shaabi.
Exército do Iraque depende do grupo conhecido Hashd al Shaabi em sua batalha contra o grupo terrorista DAESH.
"Em seu discurso (o ministro), disse que Hashd Shaabi e o Hezbollah tinham preservado a dignidade dos árabes e aqueles que os chamam de terroristas são os terroristas", disse uma fonte do Ministério do Exterior do Iraque.
A reunião da Liga dos Estados Árabes na sexta-feira também condenou o que descreveu como uma interferência iraniana nos assuntos internos de Bahrein, disse o comunicado, acrescentando que o Hezbollah, junto com a Guarda Revolucionária Iraniana, financiou e treinou grupos terroristas no Bahrein.
O embaixador da Arábia para o Egito Ahmed Kattan apareceu na Al Arabiya dizendo que os países do Golfo iriam tomar novas medidas contra o Hezbollah.
"Nós vamos lidar com o Hezbollah como lidamos com qualquer organização terrorista. A Arábia Saudita e os países do Golfo começaram a preparar medidas que irão tomar contra esse partido terrorista e elas serão anunciadas no momento certo", disse Kattan.
Marrocos disse no mês passado que não iria sediar a reunião 2016 da Liga dos Estados Árabes como programado, dizendo que queria evitar dar uma falsa impressão de unidade no mundo árabe.
Fonte: TRTWorld, Reuters