Pedro Sánchez: "Levantar o estado de emergência em Espanha seria um erro imperdoável"
O país ibérico somou mais 244 novas mortes por coronavírus na quarta-feira, fazendo subir o número total de mortes para 25 857.
AA - O presidente do Governo de Espanha, Pedro Sánchez, disse esta quarta-feira perante o Parlamento que "levantar o estado de emergência seria um erro absoluto e imperdoável", depois de defender a medida perante o orgão legislativo a quarta extensão da medida excepcional, adotada para conter o surto de coronavírus (COVID-19) no país.
Segundo a imprensa espanhola, Sánchez chegou a um acordo com os liberais do Ciudadanos e o PNV (nacionalistas bascos), partidos que vão apoiar o prolongamento da medida, em troca pelo processo de desconfinamento em consenso com as regiões e o alargamento temporário da ajuda económica e social.
O estado de emergência para controlar a pandemia foi declarado a 14 de março e continuará em vigor até 23 de maio.
Por seu turno, o Partido Popular (PP), conservador, que antes apoiou a medida, desta vez vai abster-se. Os independentistas da Esquerra Republicana da Catalunha (ERC), votarão contra.
Sánchez disse também que será declarado o luto oficial, quando a maior parte do país estiver na "fase 1" do desconfinamento, que começará na próxima segunda-feira.
"Não chegamos tão longe porque a corrente nos levou. Fizemo-lo com esforço, sacrifício e graças a um instrumento totalmente constitucional, como o estado de emergência. Precisamos deste instrumento " - afirmou o líder espanhol.
O Ministério da Saúde indicou que houve 685 novas infecções e 244 mortes por COVID-19 em Espanha na quarta-feira, fazendo subir o número total de infetados para mais de 220 000 e o número de mortes para 25 857.
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