Mesa do Congresso suspende como deputados quatro presos políticos catalães

A mesa do Congresso dos Deputados da Espanha declarou automaticamente suspenso do exercício do cargo os quatro deputados presos que entraram na prisão por acusações de sedição após a consulta ilegal na Catalunha.

A decisão foi deixada para a mesa do Congresso pelo Supremo Tribunal Federal e foi parte da controvérsia desde 21 de maio passado, inauguração da Câmara dos Deputados.

A decisão sobre os quatro políticos pró-independência em prisão preventiva, deve ser tomada sob a Lei de Procedimento Criminal, anunciou o presidente do Congresso, Meritxell Batet.

Esta lei prevê a suspensão automática de indivíduos processados sob a acusação de pertencer a um grupo armado, terrorismo e sedição.

Enquanto isso, o partido JxCAT anunciou que três dos quatro políticos catalães suspensos Josep Rull, Jordi Turull e Jordi Sánchez não relevarão seus direitos e aguardarão a decisão do tribunal.

Por outro lado, o líder do ERC, Oriol Junqueras, suspenso no exercício da sua posição pela Mesa do Congresso, disse que o Parlamento Europeu não irá suspender o seu estatuto de deputado, porque no dia 26 de maio as eleições para o Parlamento Europeu foram realizadas.

Após a consulta independentista de 1 de outubro de 2017 na Catalunha, apesar de ter sido declarado ilegal pelo constitucional, e a declaração unilateral de independência proclamada no parlamento catalão, o ex-presidente da Generalitat, Carles Puigdemont, e seis Ex-políticos catalães fugiram do país.

Em 12 de fevereiro de 2019, o julgamento começou em Madri contra 12 ex-políticos catalães acusados de sedição.

A promotoria solicita uma sentença de prisão entre 7 e 25 anos.

O julgamento está programado para ser concluído dentro de três semanas.