Presidente da Turquia disse que o ataque da Rússia “não deve ficar impune”
“A Rússia violou regularmente o direito internacional no Mar Negro e no Mar de Azov desde 2 014”.
O presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, escreveu um artigo para o jornal New York Times.
“Pela primeira vez em 70 anos, um país tentou voltar a redesenhar o mapa da Europa através da agressão militar” – afirmou ucraniano - que acrescentou ainda que a anexação russa da península da Crimeia foi condenada pelo mundo e teve como consequência sanções económicas.
“A declaração da lei marcial devido à intervenção armada dos navios de guerra russos no Estreito de Kerch, contra os navios ucranianos, é para proteger e mobilizar as nossas forças no caso da Rússia se atrever a aumentar os seus ataques. No entanto, precisamos do apoio da comunidade internacional para que sejam impostas mais sanções à Rússia”.
O presidente ucraniano escreveu ainda que “a Rússia violou regularmente o direito internacional no Mar Negro e no Mar de Azov desde 2 014 e confiscou o fornecimento de energia e de produtos marinhos do país. Isto perjudica o sustento dos ucranianos, ao impedir o tráfego e o comércio marítimos”.
Poroshenko sublinhou que os navios ucranianos “não dispararam contra a armada russa” e que os militares a bordo dos navios ucranianos ainda estão retidos na Rússia, “algo que também acontece com os navios de outros países”.
“Moscovo poderá ameaçar a Roménia, a Bulgária e a Turquia, todos membros da NATO. A Rússia continua a dirigir-se para ocidente, tanto quanto o mundo democrático permitir. Os países democráticos têm que fazer uma escolha. Erguerem-se pelo que é correto ou continuarem a permitir que Putin ganhe. De acordo com a história, esta última escolha tem consequências fatais.
A Rússia bombardeia civis na Síria e provocou uma guerra que resultou na morte de mais de 10 mil pessoas no leste da Ucrânia, ao mesmo tempo que cria desinformação para provocar medo e angústia no mundo. Não terá chegado a hora de fazermos algo?”
No final do seu artigo, Poroshenko elogiu a decisão de Trump de cancelar o seu encontro com Putin durante a cimeira do G20.
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