Espanha apoiará a Jordânia no “tremendo desafio” de acolher os refugiados sírios

Borrell disse que o próximo conselho de ministros será o momento para impulsionar um esforço conjunto para a pacificação e reconstrução.

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Espanha apoiará a Jordânia no “tremendo desafio” de acolher os refugiados sírios

O ministro espanhol dos Negócios Estrangeiros, Josep Borrell, sublinhou a vontade de Espanha em colaborar com a Jordânia para “fazer frente ao tremendo desafio” que representam as centenas de milhares de refugiados no país, oriundos da Síria e da Palestina.

A afirmação de Borrell foi feita numa conferência de imprensa conjunta com o seu homólogo jordano, Ayman Safadi, com quem se reuniu para abordar a complicada situação no Médio Oriente. Borrell garantiu ao seu homólogo jordado o apoio de Espanha para obter ajuda e dar impulso político ao tema na União Europeia.

Borrell explicou que a decisão do governo espanhol tem motivações políticas e humanitárias, e que durante a próxima reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia para o Mediterrâneo, prevista para o início de outubro, será o momento de impulsionar um esforço conjunto para a pacificação e reconstrução.

Safadi, o ministro jordado dos Negócios Estrangeiros, está a fazer um périplo por vários países europeus para pedir “ajuda e apoio”, perante o enorme desafio que representam as centenas de milhares de refugiados no país, oriundos da Síria e da Palestina, que fogem dos conflitos na Síria e dos confrontos entre palestinianos e israelitas.

“Temos dificuldades económicas enormes” – afirmou o ministro jordado, que indicou também que o seu país é o que acolhe mais refugiados per capita. A Jordânia tem uma população de 6,5 milhões de pessoas e acolhe 3,5 milhões de refugiados estrangeiros. Mas destes, apenas 10 mil vivem em acampamentos de refugiados. Os restantes integraram-se em diversas zonas do país.

“É preciso investir nos refugiados, porque investir neles é investir na segurança de toda a região” – afirmou Safidi, depois de explicar que um dos maiores desafios é oferecer educação aos recém chegados, para que se possam integrar e transformar-se em mão de obra qualificada, para benefício do país.

“Não é preciso ter medo dos outros, é preciso educa-los para os integrar” – afirmou o ministro jordano.

Durante a sua passagem pela Europa, Safidi tentará não apenas obter apoio para fazer face àquilo que considera serem “as suas responsabilidades humanitárias”, mas também, e principalmente, encontrar soluções para pôr fim aos conflitos na zona.



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