Promotora da Macedônia pede a prisão do ex-primeiro-ministro Gruevski
Foram apresentadas acusações contra 94 indivíduos, incluindo o antigo chefe de segurança e contrainteligência do país como parte da repressão anticorrupção.
A promotora especial da Macedônia apresentou acusações na quinta-feira contra 94 pessoas, incluindo o ex-primeiro-ministro Nikola Gruevski e altos funcionários do governo, sobre o envolvimento em supostos crimes revelados em fitas que surgiram durante um escândalo de vigilância que destruiu um governo.
A Macedônia sofreu uma turbulência política em 2015, quando os partidos da oposição acusaram o então primeiro-ministro Nikola Gruevski e seu chefe de contra-inteligência de orquestrar a escuta telefônica de mais de 20 mil pessoas.
A crise levou a UE a negociar um acordo em que as partes concordaram em realizar eleições antecipadas e estabelecer o cargo de procurador especial para investigar o conteúdo das escutas telefônicas.
Na quinta-feira, a promotora especial Katica Janeva disse a jornalistas que seu escritório havia denunciado 94 pessoas e sete entidades legais em 17 casos, informou a agência estatal de notícias MIA.
"Esses casos estão claramente relacionados ao abuso de capacidades institucionais, tanto por indivíduos como por grupos organizados, abusos de cargos e também por violação do procedimento de contratação pública", afirmou a agência citada por Janeva.
Janeva disse que estava pensando em pedir a detenção de 18 pessoas, incluindo um líder do partido, mas não deu nenhum nome. A mídia da Macedônia disse que Gruevski e sua ex-ministra do Interior Gordana Jankulovska estavam entre os 18 acusados.
Gruevski renunciou no ano passado como parte do acordo negociado pela UE para permitir eleições antecipadas.
A adesão da Macedônia à UE e à OTAN foi bloqueada por uma disputa de nomes com a Grécia, que tem uma província do norte chamada Macedônia e considera o uso de Skopje do nome como uma captura territorial.
Fonte: TRTWorld e agências
