Alemanha insiste em transição política na Síria
Na sequência da reunião com o homólogo saudita, ministro das Relações Exteriores alemão diz próxima rodada de negociações da Síria deve considerar transição de poder.
A transição de poder em Damasco deve ser discutida no início das próximas negociações para uma solução política na Síria, disse o ministro do Exterior da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier na quarta-feira.
Durante uma conferência de imprensa conjunta com o ministro das Relações Exteriores saudita Adel al-Jubeir, em Berlim, Steinmeier disse que espera progressos nos esforços para reiniciar as negociações políticas entre a oposição síria e o regime de uma solução para o conflito.
"A partir de negociações sobre uma solução política, é claro, significa transição de poder. E, portanto, o próximo período de negociações seria sobre como se pode organizar esta transformação e quais seriam os primeiros passos", disse Steinmeier.
Ele disse que a expectativa de grupos de oposição sírios para entrarem nas conversações sobre a transição de poder era compreensível.
Steinmeier também esperava que a Arábia Saudita estimulasse grupos de oposição para o progresso nas negociações para uma solução política.
Al-Jubeir disse que teve uma reunião muito construtiva com seu colega alemão, com discussões sobre as relações bilaterais, bem como os conflitos regionais, a situação na Síria, Líbia e Iêmen.
Ele pediu aos países do grupo de Viena, potências globais e regionais que procuram uma solução política para o conflito na Síria, para aumentar a sua pressão sobre o regime Bashar al-Assad para que ele pare com as violações de cessar-fogo e permita o acesso humanitário às áreas sitiadas.
As conversações de paz mediadas pelas Nações Unidas em Genebra entre a oposição síria e o regime de Assad foram suspensas no mês passado, devido a ataques aéreos contínuos da Rússia e as forças do regime em áreas controladas pela oposição.
A guerra civil na Síria teve início em 2011, quando o regime de Assad reprimiu os protestos pró-democracia com ferocidade inesperada.
Desde então, mais de 250.000 pessoas foram mortas e mais de 10 milhões de pessoas deslocadas, segundo a ONU.