Reino Unido: Milhares protestam contra ataques aéreos Síria

Manifestantes por todo o Reino Unido pedem que o governo não cometa o mesmo "erro" da guerra do Iraque novamente.

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Reino Unido: Milhares protestam contra ataques aéreos Síria

Milhares se reuniram no Reino Unido no sábado, em comícios organizados pela coligação Stop the War para ficar contra a proposta do primeiro-ministro britânico David Cameron de realizar ataques aéreos na Síria.

O principal protesto ocorreu na Downing Street no centro de Londres.

Os manifestantes carregavam cartazes que diziam "Não bombardear a Síria", "Nós dizemos que não há bombas, escutem dessa vez", referindo-se ao envolvimento britânico anterior na guerra de 2003 no Iraque.

A deputada do Partido Trabalhista Diane Abbot estava no protesto para apoiar a posição do líder do partido Jeremy Corbyn.

O Partido Trabalhista da oposição, que não anunciou a sua posição sobre os planos de Cameron, é dividido publicamente sobre o assunto depois que o líder do partido Jeremy Corbyn anunciou que não iria apoiá-los pessoalmente.

"Eu não acredito que a atual proposta do Primeiro-Ministro para os ataques aéreos na Síria irão proteger nossa segurança e, portanto, não posso apoiá-lo", disse Corbyn em uma carta enviada ontem à noite para colegas de partido.

Lindsey German, que organizou o protesto na Downing Street tinha uma mensagem para o parlamento: "Vocês cometeram um erro desastroso em 2003, quando votaram pela guerra. Não cometa o mesmo erro novamente."

A Solidariedade Síria do Reino Unido publicou um comunicado em seu webside dizendo que não apoiaram as manifestações.

A Grã-Bretanha tem realizado ataques aéreos contra o Daesh no Iraque desde setembro de 2014, embora Cameron queria há muito tempo ampliar a missão para incluir a cidade síria do norte de Raqqa. Tal movimento exigiria aprovação parlamentar.

“A Grã-Bretanha não pode esperar por um governo representativo surgir na Síria e deve lançar ataques aéreos imediatas para erradicar o Daesh”, disse o primeiro-ministro britânico, David Cameron em um comunicado na quinta-feira.

O parlamento deve votar na próxima semana.


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