Tsipras garante não convocar eleições até conseguir acordo firme

O primeiro-ministro da Grécia, Alexis Tsipras, afirmou na terça-feira que não pensa convocar eleições gerais antecipadas, antes de conseguir um acordo firme com os parceiros europeus.

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Tsipras garante não convocar eleições até conseguir acordo firme

"Não tenho razões para convocar eleições, dependerá do que acontecer no meu partido, e com o nosso parceiro (de governo) ", disse Tsipras numa entrevista à televisão pública grega, na qual acrescentou que a sua prioridade é "conseguir um programa" e a partir daí "teremos tempo para conflitos internos e com a oposição".

Questionado sobre a possibilidade de uma rutura no seio do Syriza, pois a sua ala mais à esquerda declarou que não irá apoiar o acordo na votação no parlamento, Tsipras assegurou que fará "tudo o que puder para manter a unidade do Syriza e do grupo parlamentar", mas ressaltou que "cada um assumirá a sua responsabilidade".

Sobre a correlação de poder político na União Europeia, o primeiro-ministro salientou que esta "pode mudar" se nas eleições espanholas vencerem "forças parecidas" com o Syriza, razão pela qual assegurou querer permanecer no governo até às eleições em Espanha.

À pergunta de quando abrirão os bancos gregos, respondeu que poderão fazê-lo assim que o acordo alcançado na segunda-feira em Bruxelas tenha sido ratificado pelos parlamentos dos países da zona euro que requerem essa votação.

"Nos próximos dias, se obtivermos um aumento dos empréstimos do ELA (assistência de liquidez de emergência do BCE aos bancos), poderemos aumentar a quantia máxima de levantamentos de dinheiro e possibilitar outras operações", comentou.

Tsipras esclareceu, no entanto, que o levantamento da suspensão do controle de capitais será "progressiva", porque, como houve uma perda de confiança, os bancos não podem abrir imediatamente.


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