Paris reage às escutas americanas

A França convocou a embaixadora dos Estados Unidos para explicar as denúncias de espionagem norte-americana sobre autoridades francesas, que foram classificadas pelo presidente francês, François Hollande, como "inaceitáveis".

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Paris reage às escutas americanas

A mais recente revelação sobre espionagem entre aliados ocidentais surgiu após a descoberta de que a Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA) tinha espiado a Alemanha e que a própria agência de inteligência alemã BND cooperou com a NSA para espiar autoridades e empresas no resto da Europa.

Hollande realizou uma reunião de emergência com os seus ministros e comandantes militares após as revelações feitas pelo site WikiLeaks, segundo o qual a NSA teria espiado os três últimos presidentes franceses.

A porta-voz do governo francês, Stephane Le Foll, disse que uma autoridade francesa de inteligência será enviada aos EUA para confirmar que a espionagem acabou.

"A França não vai tolerar ações que ameacem a sua segurança e a proteção dos seus interesses", diz um comunicado do gabinete da presidência francesa, acrescentando que esta não é a primeira vez que surgem denúncias sobre espionagem dos EUA contra interesses franceses. "Houve compromissos feitos pelas autoridades dos EUA. Eles precisam ser recordados e rigorosamente respeitados."

O Ministério dos negócios estrangeiros francês convocou a embaixadora dos EUA para discutir o tema. Após um encontro com Hollande, alguns parlamentares disseram que o líder francês informou que vai falar com o presidente dos EUA, Barack Obama, ainda esta quarta-feira.

A embaixada dos EUA recusou-se a comentar o caso. Um comunicado do Conselho de Segurança Nacional dos EUA disse que a comunicação de Hollande não era alvo de escutas e não será. O comunicado não disse se houve espionagem no passado. Reuters


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