Parlamento europeu reconhece "genocídio" arménio

O parlamento europeu reconheceu, pela primeira vez os acontecimentos de 1915, como “genocídio”, numa resolução em 1987, que voltou a votar esta quarta-feira para celebrar o centenário dos eventos.

A resolução afirma ser “fundamental manter vivas as memórias do passado, porque não poderá haver reconciliação sem verdade e lembrança”.

Continua, dizendo que “incita a Turquia e a Arménia, a normalizar as suas relações ratificando e implementando, sem precondições, os protocolos de constituição de relações diplomáticas”.

Também ressalva que a normalização das relações poderá ser feita “abrindo a fronteira e, ativamente, melhorando as relações, particularmente a cooperação transfronteiriça e integração económica.

A comissão europeia e o conselho da Europa recusaram chamar aos acontecimentos de 1915 “genocídio”, indicando um afastamento, no assunto, dos diversos órgãos da UE.

O deputado europeu pelo partido verde, Ernest Maragall, disse que o voto de quarta-feira devia distinguir o império Otomano da república turca, dizendo que o povo turco, hoje, recebe milhares de refugiados e qu quer viver um futuro pacífico.