Organização Mundial Transporte Rodoviário apela a que se mantenham as fronteiras abertas na Europa

A entidade lembra que o transporte de bens essenciais, principalmente alimentos e medicamentos, está em risco nos dois lados do Canal da Mancha.

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Organização Mundial Transporte Rodoviário apela a que se mantenham as fronteiras abertas na Europa

AA- A Organização Internacional do Transporte Rodoviário (IRU), apelou aos governos da Europa que mantenham as fronteiras abertas ao transporte de mercadorias e pediu que se esclareçam as novas medidas contra o COVID-19.

“Fechar completamente as fronteiras ao movimento de camiões em qualquer lugar da Europa, é algo sem precedentes na atual pandemia. Os camiões sempre circularam na Europa durante a pandemia. A iniciativa EU Green Lanes, apoiada por todos os membros da UE, incluindo a França, deixou claro que a continuidade das cadeias logísticas é crucial e deve ser protegida ”, disse o Secretário Geral da IRU, Umberto de Pretto.

De Pretto considera que o movimento francês atual é inútil "e só vai piorar as coisas", num período já incerto "devido à transição para o Brexit iminente".

A suspensão de todo o tráfego decretada por França durante 48 horas, levou a uma interrupção significativa no tráfego de mercadorias e ameaça afetar o abastecimento de alimentos frescos do Reino Unido, durante as festividades de Natal.

A IRU, com sede em Genebra, disse que a França proibiu a chegada de todos os camiões e motoristas do Reino Unido, inicialmente por 48 horas.

"Isto coloca em risco 85% de todas as importações do Reino Unido da UE, e literalmente corta a cadeia de abastecimento da UE para a Irlanda" - indicou a IRU.

A organização indicou que os camiões bloqueados e as fronteiras fechadas vão alargar-se rapidamente para além do Reino Unido e de França, o que afetará outras cadeias de abastecimento em toda a Europa.

“A nova estirpe do COVID-19 é séria e deve ser monitorada. Tal como nos estágios iniciais da pandemia, medidas claras e proporcionais devem ser tomadas acerca do vírus, em vez de visar os motoristas e camiões. Exclusões obrigatórias ou períodos de quarentena para motoristas não fazem isso de forma eficaz" - concluiu De Pretto.



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