Os coletes amarelos voltam para as ruas

O movimento tornou-se a pior crise social para a Macron desde que chegou ao poder em maio de 2017

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Os coletes amarelos voltam para as ruas

Na França, os coletes amarelos voltaram às ruas em todo o país para protestar contra as políticas do presidente Emmanuel Macron.

Os coletes amarelos realizavam demonstrações em diferentes partes de Paris.

Os manifestantes reunidos na Champs Elysees, um dos símbolos da capital, marcharam em direção aos Jardins de Luxemburgo.

Os ativistas também demonstraram no Aeroporto Internacional Charles de Gaulle, em Paris.

Os manifestantes entoaram os slogans "renúncia de Macron!" no aeroporto reagindo ao governo que tenta privatizar o aeroporto.

Um grupo de manifestantes concentrou-se no Campo de Marte, em frente à Torre Eiffel.

As forças de segurança intervieram com a água sob pressão nos manifestantes que jogaram pedras e garrafas na Champs Elysees.

O Departamento de Polícia de Paris anunciou que 19 pessoas foram presas em manifestações na capital.

Por outro lado, a polícia da cidade de Nantes usou spray de pimenta contra os ativistas e 2 deles foram presos.

No protesto em Quimper, a polícia interveio com manifestantes que jogaram garrafas e ovos com gás lacrimogêneo e água sob pressão, enquanto na manifestação em Besanzón os manifestantes pediram que a polícia não usasse gás lacrimogêneo.

O município de Phalsbourg, no leste do país, na chamada do Conselho da Europa, proibiu o uso de gás lacrimogêneo pela polícia.

Segundo os dados do Ministério do Interior, 28 mil 600 pessoas, 4 mil delas em Paris, participaram das manifestações no país.

A manifestação realizada na semana passada teve a participação de 39 mil 300 pessoas.

Os protestos dos coletes amarelos continuam a partir do 17 de novembro de 2018.

De acordo com os números compartilhados pelo governo, 11 pessoas foram mortas até o momento, mais de 2 mil feridos, mais de 8 mil 400 pessoas foram presas e quase 2 mil foram condenadas a penas de prisão.

O Comissário para os Direitos Humanos do Conselho da Europa, Dunja Mijatovic, exigiu que a França respeitasse os direitos humanos nas manifestações dos coletes amarelos, impôs restrições excessivas à liberdade de manifestação pacífica e proibiu o uso de spray de pimenta.

Mijatovic afirmou que, considerando o alto número de pessoas feridas nas manifestações e os feridos graves, a conveniência do método aplicado pela polícia para garantir a ordem pública com os direitos humanos deve ser questionada.

O secretário de Estado do Interior, Laurent Núñez, informou que a Inspetoria Geral da Polícia Nacional (IGPN) abriu 140 investigações criminais por suspeita de uso de violência policial nas manifestações dos coletes amarelos.

O governo francês argumenta que a polícia deve usar gás lacrimogêneo nos protestos para manter a ordem pública.



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