Brasil diz que não há risco de corrupção nos projetos das Olimpíadas

"Continuamos confiantes de que as construções olímpicas, as instalações desportivas, não estão envolvidas", disse o porta-voz, Mario Andrada, aos jornalistas.

O Brasil tem sido abalado por alegações de que as empresas de construção conspiraram para, assim como a gigante de petróleo Petrobras, superfaturar contas em bilhões de dólares, subornar executivos e políticos.

O escândalo veio á tona na terça-feira quando os investigadores disseram ter descoberto evidências de subornos pagos para dois projetos relacionados aos Jogos: reformas para o metrô e o porto da cidade do Rio.

A maior empresa de construção do país, Odebrecht, já prometeu cooperar com os investigadores, aumentando a possibilidade de uma enxurrada de novas revelações.

A Odebrecht é uma das maiores participantes nos projetos de construção para as Olimpíadas, cujo orçamento total é de cerca de US$ 9,5 bilhões.

Andrada disse que os organizadores estavam se preparando para possíveis "surpresas" na investigação, que foi apelidada de "Operação Car Wash (limpeza do carro)".

Com pouco mais de quatro meses para a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos no dia 5 de agosto, a atenção do Brasil está em grande parte fixa nas voltas intermináveis do escândalo, que ameaça o governo da presidente Dilma Rousseff.

"Todo mundo no Brasil está em causa. É uma das maiores crises que enfrentamos, é enorme", disse Andrada. Mas ele acrescentou: "Não há nenhuma preocupação sobre o avanço dos jogos."

Ele disse que as vendas de bilhetes vão indo "como esperado" - 76 por cento vendidos para os Jogos Olímpicos e 20 por cento para os Jogos Paraolímpicos, que começam no dia 7 de setembro.