Brasil: "Não há planos para cancelar as Olimpíadas"

Os organizadores brasileiros têm reiterado que não têm intenção de cancelar os Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro por causa do surto do vírus Zika, com o ministro dos Esportes George Hilton dizendo que o tema "não está em discussão".

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Brasil: "Não há planos para cancelar as Olimpíadas"

Hilton emitiu um comunicado dizendo que "lamentava as opiniões na imprensa" sobre a especulação de que a primeira Olimpíada da América do Sul poderia ser cancelada.

"O governo brasileiro está plenamente empenhado em garantir que os Jogos de 2016 no Rio de Janeiro, aconteçam em uma atmosfera de segurança e tranquilidade", escreveu Hilton.

O Brasil está no centro de um surto do vírus Zika transmitido por mosquitos, que a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou como uma "emergência de saúde pública de preocupação internacional".

Os responsáveis da Saúde estão investigando se há uma ligação entre infecções Zika em mulheres grávidas e um defeito de nascença raro - microcefalia.

O presidente do Comitê Olímpico Thomas Bach, disse no início desta semana que estava "muito confiante" que os jogos aconteceriam. E os organizadores têm repetidamente dito que não há nenhuma possibilidade de cancelamento dos jogos.

Hilton disse que a OMS não havia proibido viagens por causa do Zika, embora as mulheres grávidas foram aconselhadas a não viajar para áreas onde há o vírus.

Hilton também observou que o clima no Brasil estará mais frio e mais seco no inverno sul-americano, na época dos jogos em agosto, o que dificulta a disseminação do mosquito.

Além do vírus Zika, há outros problemas com a primeira Olimpíada da América do Sul, incluindo a poluição severa da água em locais de vela e remo do Rio de Janeiro, e cortes profundos de quase 30 por cento para manter um orçamento operacional de US$ 2 bilhões.

Apenas cerca de metade dos ingressos para os jogos foram vendidos, e os organizadores temem que o surto do Zika possa assustar os turistas estrangeiros.

Longe dos jogos, o Brasil está enfrentando sua pior recessão desde a década de 1930. A inflação está a pouco mais de 10 por cento, a moeda brasileira perdeu 30 por cento do seu valor no último ano em relação ao dólar e a presidente Dilma Rousseff está lutando com o impeachment.


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