Brasil e Colômbia criticam a Venezuela pela rejeição das candidaturas da oposição às eleições

O Brasil e a Colômbia criticaram o facto de o Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE) não ter aprovado os candidatos da oposição às eleições presidenciais naquele país.

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Brasil e Colômbia criticam a Venezuela pela rejeição das candidaturas da oposição às eleições

O Brasil e a Colômbia criticaram o facto de o Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE) não ter aprovado os candidatos da oposição às eleições presidenciais naquele país.

Em nota divulgada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros do Brasil, foi relatado que a rejeição da candidatura do principal partido da oposição para as eleições presidenciais de 28 de julho foi acompanhada "com preocupação".

Recordando a importância do acordo com a oposição relativamente às eleições, celebrado em Barbados em outubro, o comunicado apela à administração venezuelana para que conduza um processo eleitoral "transparente e livre".

Na declaração do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Colômbia, o governo venezuelano foi lembrado do Acordo de Barbados celebrado com a oposição.

Na declaração, foi sublinhado que deveriam ser realizadas eleições "livres e democráticas" na Venezuela este ano em troca do levantamento das sanções dos Estados Unidos, tendo sido solicitado ao governo venezuelano que cumprisse os requisitos do acordo de Barbados.

O Ministro dos Negócios Estrangeiros da Venezuela, Yvan Gil, pediu ao Brasil e à Colômbia que respeitem as decisões constitucionais do seu país.

Afirmando que as declarações significam "interferência" nos assuntos internos do país, Gil observou que a Venezuela deu as garantias necessárias em todos os processos eleitorais dos últimos 25 anos.

Por outro lado, na declaração feita pelas administrações cubana e nicaraguense, foi pedido que as decisões constitucionais da Venezuela fossem respeitadas.

Na Venezuela, onde foi imposto um impedimento político por 15 anos à primeira candidata do principal partido da oposição, Maria Corina Machado, a Plataforma Democrática Unitária (PUD) anunciou Corina Yoris, de 80 anos, como a sua nova candidata na sexta-feira, 22 de março.

Numa declaração feita na conta da rede social X da PUD, no dia de ontem, foi afirmado que a CNE ainda não tinha aprovado a candidatura de Corina Yoris, a candidata do partido para as eleições de 28 de julho, apesar de ter já terminado o prazo de submissão de candidaturas.

Numa conferência de imprensa realizada a 25 de março, Corina Yoris afirmou que as suas tentativas de submissão da candidatura, tanto por via eletrónica como presencialmente, tinham falhado e que não só o seu nome, mas também os nomes de outros candidatos tinham sido rejeitados.

Sete países da América Latina também anunciaram terem "preocupações" com as eleições presidenciais na Venezuela, anunciadas para 28 de julho.



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