Milhares de pessoas saem às ruas no Brasil para protestarem contra o governo de Bolsonaro

Movimentos sociais, centrais sindicais e partidos de esquerda, convocaram as manifestações para protestar contra a má gestão do governo relativamente à pandemia de coronavirus.

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Milhares de pessoas saem às ruas no Brasil para protestarem contra o governo de Bolsonaro

AA - Milhares de pessoas saíram às ruas do Brasil este sábado, 29 de maio, em protesto contra o Governo Jair Bolsonaro e a sua política de combate ao coronavírus, que tem vindo a ser questionada pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Senado.

As manifestações reuniram grandes massas de pessoas em cidades como o Recife, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Salvador, onde os manifestantes gritaram “Fora Bolsonaro!”.

“Estou aqui porque este é um governo genocida e racista que usa a pandemia para destruir a saúde, a educação e as nossas reservas ambientais”, disse ao jornal El País a professora Josiane Peçanha, integrante do movimento “As vidas negras importam”.

Movimentos sociais como o Povo sem Medo e a Coligação Negra pelos Direitos, centrais sindicais e partidos de esquerda como o Partido dos Trabalhadores (PT), liderado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, além do Partido do Socialismo e da Liberdade (PSOL) estiveram na base dos protestos deste sábado.

Os organizadores pediram aos participantes que mantivessem a distância mínima entre as pessoas e usassem máscaras médicas (máscaras faciais) em todos os momentos, para evitar novos surtos de COVID-19 numa altura em que o país ultrapassa os 450 mil óbitos pelo vírus.

As manifestações deste sábado representam um apoio à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Senado, que avalia a gestão de Jair Bolsonaro e do seu governo no combate à pandemia.

Graças às suas investigações, descobriu-se que o Itamaraty movimentou todo o aparelho estatal para comprar cloroquina como tratamento contra o coronavírus, apesar de nenhuma autoridade científica do mundo ter comprovado a sua eficácia contra o COVID-19. A CPI apurou também que o Ministério da Saúde rejeitou pelo menos três propostas da farmacêutica Pfizer para comprar as suas vacinas em 2020.

(Agência Anadolu)



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