Eleições municipais do Brasil podem desestabilizar o poder regional do presidente Bolsonaro

Essas eleições, em que cerca de 150 milhões de pessoas estão autorizadas a votar, vão definir os prefeitos de 25 capitais e vereadores nos 5.568 municípios do gigante sul-americano.

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Eleições municipais do Brasil podem desestabilizar o poder regional do presidente Bolsonaro

Neste domingo, as eleições municipais do Brasil são realizadas com o sistema eleitoral em dois turnos - o segundo será no dia 29 de novembro. Estão autorizados a votar nestas eleições cerca de 150 milhões de pessoas que vão eleger prefeitos, vice-prefeitos e vereadores dos 5.568 municípios do gigante sul-americano.

As eleições vão determinar os prefeitos de 25 capitais e definir o poder regional do presidente Jair Bolsonaro.

Nesse contexto, a última pesquisa realizada pelo Datafolha destacou que, por exemplo, o candidato de Bolsonaro a prefeito de São Paulo - a cidade mais importante do Brasil - Celso Russomanno, está em terceiro lugar nas pesquisas.

Bruno Covas, do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), lidera a pesquisa com 32%, seguido por Guilherme Boulos, do Partido do Socialismo e Liberdade (PSOL), com 16% e Russomanno em terceiro lugar com 14%.

O Datafolha destacou que os conservadores Covas e Boulos, da esquerda, chegariam ao segundo turno.

Assim, a candidata a vice-prefeita de Boulos, Luiza Erundin, disse ao jornal Página 12 que: “Bolsonaro está preocupado, não esconde o nervosismo porque essas eleições são anteriores às presidenciais de 2022, essas eleições são muito mais que Para eleger o prefeito de San Pablo, neste domingo o rumo da política nacional está definido, se vencermos será uma derrota para o Bolsonaro.”

Já em Fortaleza, o capitão bolsonarista Wagner (Pros) lidera as pesquisas com 30% das intenções de voto e lidera José Sarto, do Partido Democrático Trabalhista (PDT), que tem 27%, em terceiro lugar está o deputado a ex-prefeita federal Luizianne Lins, do Partido dos Trabalhadores (PT), com 15%.

Pesquisas realizadas no início de novembro mostraram que Bolsonaro perdeu popularidade em algumas das grandes cidades como São Paulo e Rio de Janeiro, onde apóia candidatos de direita, em meio a uma fraca resposta ao coronavírus e alegações de apropriação indébita contra seu filho mais velho, o senador Flávio Bolsonaro.

Além de provar o endosso de Bolsonaro pelos brasileiros, as eleições locais também verão um número recorde de mulheres, negros e militares disputando assentos.

A expectativa é que os negros brasileiros representem cerca de 50% do total de candidatos, enquanto as mulheres 33,6% e mais de 7.000 militares farão parte da disputa.

As eleições municipais estavam programadas originalmente para outubro, mas o Congresso Nacional as adiou devido à pandemia do coronavírus em julho.



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