Governo chileno confirma a morte de 20 pessoas durante os protestos

O governo indicou que cinco das vítimas mortais morreram devido à ação de agentes do estado.

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Governo chileno confirma a morte de 20 pessoas durante os protestos

AA - O Ministério da Justiça chileno confirmou que 20 pessoas morreram na sequência das manifestações que tiveram lugar em todo o país. Durante a revolta social, 473 civis e 745 agentes das autoridades ficaram feridos.

O Ministério da Justiça explicou que a contagem de mortes e feridos foi realizada durante o estado de emergência, que esteve em vigor no Chile entre os dias 19 e 27 deste mês.

O governo indicou que cinco das vítimas mortais morreram devido à ação de agentes do estado, o que levou o Instituto Nacional de Direitos Humanos (NHRI) a apresentar queixas contra o pessoal fardado responsável por estas mortes.

Entretanto, o Ministério da Justiça informou que durante o recolher obrigatório, 2 037 pessoas foram presas. Fora deste período, foram detidas mais 7166 pessoas. No toral, foram registadas 1 227 ocorrências graves, incluindo incêndios e saques, para além da destruição de propriedades pública e privada.

Esta terça feira, o subsecretário do Interior do Chile, Rodrigo Ubilla, disse que 997 pessoas foram indiciadas por vandalismo no âmbito dos protestos. Este grupo de quase mil pessoas foi acusada ​​de crimes de destruição, incêndio, saques ou confrontos com autoridades, durante as manifestações que começaram há 12 dias.

"O Ministério do Interior registou um total de 228 denúncias, seja por crimes contra a segurança do Estado ou por causa dos incêndios associados à destruição de estações de metro. Das 228 denúncias registadas, temos um total de 997 acusados, pessoas com nomes e apelidos que já foram acusadas" - indicou Ubilla.

Por seu turno, o Instituto Nacional de Direitos Humanos do Chile (INDH) apresentou 120 ações legais por violações de direitos humanos, durante protestos contra as políticas sociais de Sebastián Piñera.

A entidade explicou que cinco das queixas são por assassinatos, que teriam sido executados por agentes do Estado. Existem também 94 denúncias de crimes de tortura, 18 deles com abuso sexual.

Na última segunda feira, os protestos e distúrbios no Chile intensificaram-se em várias áreas de Santiago do Chile, Valparaíso e Concepción, apesar da remodelação governamental que implicou a demissão de oito ministros.

(Agência Anadolu)



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