Greve levantada no Equador depois de Lenín Moreno ter posto de parte o decreto sobre combustíveis
O governo equatoriano e as autoridades indígenas estiveram reunidas durante mais de 3 horas em Quito. Os líderes indígenas pediram o afastamento dos ministros do Governo e da Defesa, María Paula Romo e Oswaldo Jarrín.
(AA – serviço em espanhol)
O presidente do Equador, Lenín Moreno, anunciou na noite deste domingo a suspensão do decreto presidencial 883, que eliminava o subsídio de combustíveis e que deu origem a 11 dias de manifestações e violência.
Esta foi uma proposta que os movimentos indígenas fizeram ao presidente, durante uma ronda de diálogo entre o governo e as autoridades indigenas em Quito, que durou 3 horas e meia.
A proposta prevê a criação de comissões que se encarregarão de criar consensos sobre esta medida.
“Em relação aos pedidos extra que possam ser feitos, recordemos que sem dúvida, iremos considera-los. É preciso sempre considera-los, mas recordem as decisões são tomadas pelo presidente da República. Respeitemos cada um, na sua área correspondente” – afirmou o presidente, ao agradecer a todos os que participaram neste “processo de paz”.
De acordo com o jornal El Telégrafo, se o decreto 883 fosse aplicado, o preço das gasolinas Eco e Extra passaria de 1,85 dólares para 2,38 dólares, e o preço do diesel passaria de 1,037 dólares para 2,30 dólares.
Jaime Vargas, o presidente da Confederação de Nacionalidades Ind+igenas do Equador (CONAIE), confirmou que pôs fim à greve nacional indígena e de sindicalistas, que estava em vigor no Equador há vários dias.
“Agradecemos esta decisão, que deixa sem efeito o decreto 883 e que é para o bem de todo o país. Muito obrigado irmãos e irmãs de todo o país e às autoridade, pelo seu apoio e consciência. Queria também dize-lo, informar todas as nossas bases, que a medida foi levantada de facto em todos os nossos territórios, pela liberdade” – garantiu o líder indígena.
