Centenas de colombianos marcham contra o ataque terrorista em Bogotá

O presidente colombiano Iván Duque e o seu antecessor, Juan Manuel Santos, bem como vários congressistas, participaram na manifestação. O senador Gustavo Petro não participou e disse que a iniciativa incentiva um discurso de ódio perigoso para o país.

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Centenas de colombianos marcham contra o ataque terrorista em Bogotá

Este domingo, centenas de colombianos participaram numa marcha de repúdio contra o ataque terrorista com um carro armadilhado, que na passada quinta feira fez 21 mortos e 68 feridos em Bogotá.

O presidente colombiano Iván Duque e a sua esposa María Juliana Ruiz, bem como a vice-presidente Marta Lucía Ramírez e outros membros do seu gabinete também participaram na manifestação.

“Todos sentimos dor, temos o coração amassado. Mas também temos o desejo de honrar os nossos heróis e honrar a sua memória significa recusar a violência, recusar o terrorismo e unirmo-nos enquanto país” – disse o presidente colombiano na manifestação.

A ministra do Interior, Nanvy Patricia Gutiérrez, fez comentários duros contra a guerrilha do ELN e contra o seu ataque na escola de polícia: “Não queremos que regresse a mesma violência de há 25 anos, com base no narco-tráfico e numa alegada luta política que não vale a pena. Perderam-se as vidas de 20 jovens, futuros polícias, que queriam servir o país” – afirmou Gutiérrez à Agência Anadolu da Turquia.

No evento participaram congressistas de várias tendências políticas. O senador Juan Manuel Galán, de ideologia liberal, disse à Agência Anadolu que a Colômbia deve unir-se em torno do objetivo de alcançar a paz: “temos que ser capazes de ultrapassar a polarização. Os colombianos merecem viver em paz e para a defender temos que estar unidos”.

O senador Jorge Enrique Robledo, do Pólo Democrático Alternativo – um partido de oposição ao governo de Iván Duque – insistiu na necessidade de ultrapassar as diferenças ideológicas sem violência: “Colômbia, inevitavelmente haverá diferenças e controvérsias, mas é importante que nos ponhamos de acordo num par de ideias basilares: que as diferenças não sejam resolvidas com recurso à violência”.

Já o senador Gustavo Petro, membro da oposição e ex-candidato presidencial, não participou na manifestação e disse que a iniciativa incentiva um discurso de ódio perigoso para o país. Petro considera que Duque provoca a guerra, fazendo referência à decisão do presidente colombiano de interromper o diálogo com a ELN: “Respeito a sua marcha, mas quero que incentive a paz e não a guerra. Respeito e estou solidário com todas as mães e irmãs dos polícias caídos, mas não apoio que mais mães e irmãs de polícias tenham que chorar porque um governo decidiu fazer a guerra e não a paz” – escreveu Petro na sua conta de Twitter.



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