Cerca de 4.600 médicos cubanos deixam o Brasil

No total, são 8.332 profissionais médicos que têm a ordem para retornar à ilha.

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Cerca de 4.600 médicos cubanos deixam o Brasil

O Ministério das Relações Exteriores de Cuba informou que cerca de 4.600 médicos cubanos retornaram para a ilha. Os médicos que faziam parte do programa 'Mais Médicos' deixaram o Brasil em resposta a declarações desrespeitosas do presidente eleito Jair Bolsonaro, segundo a entidade diplomática.

"Desde o início do retorno dos colaboradores cubanos, em 22 de novembro, mais de 4 mil já chegaram a Cuba, que chegaram em um total de 20 vôos, vindos de Brasília, São Paulo, Manaus e Salvador da Bahia, e o planejamento dos vôos foi desenvolvido de acordo com o plano, e sem inconvenientes", disse o Ministério das Relações Exteriores de Cuba. 

De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, os médicos brasileiros serão reincorporados ao sistema de saúde da ilha nos próximos dias. 

No total, são 8.332 profissionais médicos que são obrigados a retornar a Cuba. 

Um dos fatores que produziu a decisão de Cuba foram as ameaças de Bolsonaro, que expressou que modificaria o programa e condicionaria a permanência dos médicos no território brasileiro.

"Essas condições inadmissíveis impossibilitam a manutenção da presença de profissionais cubanos no programa", afirmou o Ministério de Saúde Pública de Cuba. 

O governo cubano ressaltou que assumiu as despesas de seus médicos na maioria das missões realizadas no mundo, incluindo a permanência no Brasil.

"Os funcionários foram mantidos em todos os momentos o trabalho e 100% do seu salário em Cuba, com todas as garantias trabalhistas e sociais, como o resto dos trabalhadores do Sistema Nacional de Saúde", disse o Ministério.

A carteira de saúde destacou que o programa fazia parte de sua cooperação no setor de saúde em todo o mundo e que procurava garantir assistência médica para o maior número da população brasileira, de acordo com o princípio da cobertura universal de saúde que promove Organização Mundial da Saúde (OMS).

A saída maciça de pessoal médico cubano afetará cerca de 2.800 cidades no Brasil, onde os médicos prestaram seus serviços através do programa "Mais Médicos".

(Agência Anadolu)



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