Colômbia reconhece a Palestina como Estado
A embaixada da Palestina na Colômbia assegurou que a decisão contribuirá para gerar condições para buscar a paz no Oriente Médio.
A Colômbia decidiu reconhecer a Palestina como um Estado "livre, independente e soberano", anunciou na quarta-feira a Missão Diplomática da Palestina em Bogotá.
"A decisão de reconhecimento é sinônimo de um profundo trabalho de reaproximação entre os governos da Colômbia e da Palestina, um esforço que (...) será, sem dúvida, fortalecido em um futuro próximo", disse a Missão em um comunicado à imprensa.
A Colômbia era o único país da América do Sul que não tinha reconhecido a Palestina como Estado. Com essa decisão, já existem 140 países em todo o mundo que reconhecem o Estado Palestino.
Alexander Montero, conselheiro político da embaixada da Palestina na Colômbia, explica que a decisão é tomada depois de um longo esforço e conversa com vários governos colombianos. De fato, a Palestina tem representação diplomática na Colômbia há 22 anos.
"Esses reconhecimentos são elementos que favorecem a paz porque permitem a proteção da população palestina, ou pelo menos trazem mecanismos para tentar garantir sua proteção", acrescentou.
A medida anunciada nesta quarta-feira é uma decisão do Estado colombiano e apoiada pelos governos de Santos e Duque. "Embora seja verdade que o governo de Santos é quem propõe dar esse passo, é muito importante que seja divulgado hoje porque é um gesto de grande amizade por parte do novo governo", explicou Montero.
A decisão pegou alguns de surpresa, já que durante sua campanha estava Duke aberto à possibilidade de reconhecer Jerusalém como a capital de Israel.
A Palestina iniciou a estratégia de buscar o reconhecimento internacional como Estado em 1988 com sua declaração de independência.
Entre 2009 e 2010 começou uma segunda etapa em que mais países decidiram reconhecê-lo como um Estado. Em 2012, a Assembléia Geral da ONU concedeu à Palestina o status de Estado observador.
Com esses reconhecimentos, a Palestina procura deixar claro o caráter estatal do país perante o direito internacional, a fim de obter acesso a ferramentas de proteção para seus territórios e população.
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