Colômbia conclui destruição de 8.994 armas das FARC
O ferro das armas será usado na confecção de três estátuas para honrar as vítimas do conflito.
A Missão da ONU na Colômbia destruiu na sexta-feira a última metralhadora R-15 que pertencia às FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).
A arma acabou por ser um símbolo que marca o fim do processo de desarmamento do grupo que já foi guerrilheiro e tornou-se um partido político.
O presidente Juan Manuel Santos, chefe da Missão da ONU na Colômbia, Jean Arnault, e vários ministros e oficiais participaram do evento histórico.
"Nenhum processo de paz no mundo já viu uma proporção tão alta de armas por número de combatentes", disse o presidente Santos.
Um total de 8.994 armas foram transformadas em sucata.
"O governo e as FARC pediram que as armas mantenham a forma original, de modo que a ONU as inutilizou cortando suas partes importantes para que não fossem usadas novamente para o propósito original", afirmou o coronel José Luis Descalzo, chefe da ONU sobre o processo de armas.
O evento marca o fim de um processo iniciado em 30 de janeiro de 2017; quando as FARC se mudaram para as áreas rurais designadas como um lugar seguro para estabelecer as armas.
Em 15 de agosto, FARC, a ONU e o governo colombiano realizaram um ato conjunto em que os últimos recipientes de armas foram fechados e transferidos para um armazém central.
"A ONU espera ter honrado seu compromisso com a sociedade colombiana", disse Jean Arnaut, chefe da missão na Colômbia.
O ferro coletado das armas será usado na criação de três estátuas: uma delas estará localizada no Jardim das Rosas, ao lado da sede da ONU em Nova York; outro na Colômbia e o último em Cuba, um país que durante os quatro anos acolheu os negociadores do Governo e das FARC.
O governo está liderando discussões para colecionar idéias sobre como as estátuas deveriam ser e quem deveria estar encarregado de sua criação.
"Este resultado nos faz focar com uma maior força sobre o que está faltando, e há muitas coisas que nos falta para construir a paz", concluiu o presidente Santos.