Conselho eleitoral irrita oposição venezuelana com atraso

Insatisfação pública com o governo socialista do país está crescendo à medida que uma crise econômica continua. A decisão de adiar as eleições estaduais até o próximo ano poderia alimentar ainda mais as tensões políticas.

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Conselho eleitoral irrita oposição venezuelana com atraso

As eleições estaduais da Venezuela serão realizadas em 2017, em vez de dezembro deste ano, quando estavam programadas para ocorrer, disse o conselho eleitoral do país.

O governo socialista de Caracas "é impopular e partidos de oposição estão exigindo um referendo para verificar se o presidente Nicolas Maduro deve permanecer no poder.

"Esta decisão do conselho eleitoral é parte de uma tendência perigosa por um regime claramente agindo fora da Constituição", disse a Unidade de Coalizão Democrática, um partido de oposição, em um comunicado.

Os críticos dizem que as autoridades deliberadamente atrasaram as eleições, temendo que os venezuelanos votem para que o governo saia do poder no país em dezembro.

A popularidade de Maduro está em baixa nas pesquisas de oposição, com uma crise econômica no país sul-americano se aprofundando devido à queda dos preços do petróleo. Os itens alimentares estão escassos, as filas são longas e a inflação está subindo.

Fontes do governo disseram que estão esperando por uma recuperação do preço do petróleo antes de realizar qualquer eleição. O país sul-americano é um membro da OPEP e um importante fornecedor de petróleo.

Os mandatos de quatro anos dos governadores de 23 estaduais deveriam terminar no início de janeiro. Os socialistas saíram vitoriosos em 20 estados nas últimas eleições regionais em 2012.

Maduro substituiu o popular Hugo Chavez, um colega socialista, depois de sua morte em 2013.

Mesmo que a oposição da Venezuela recolha as 4 milhões de assinaturas necessárias para desencadear um referendo sobre a permanência de Maduro na presidência, tal votação será realizada apenas no próximo ano.

Além disso, se Maduro for deposto em um referendo no próximo ano, de acordo com a Constituição da Venezuela o seu vice-presidente assumiria até a próxima eleição presidencial em 2018.

Fonte: TRTWorld e agências


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