Políticos brasileiros associados com caso Petrobras

Os Policias apreenderam carros de luxo na Casa da Dinda, a residência de Collor de Melo em Brasília, incluindo um Ferrari, um Porsche e um Lamborghini. Também realizaram uma operação de busca e apreensão no apartamento do senador, que disse estar a ser "prejulgado" e "pré-condenado" pelo Ministério Público.

Em discurso na tribuna do Senado, o ex-presidente da República disse ainda que a ação da PF "extrapola os limites do Estado de Direito" e é "espetacular e mediática".

O senador e ex-ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, o ex-ministro das Cidades, Mário Negromonte, o líder do PP na Câmara dos Deputados, Eduardo da Fonte, e o senador, Ciro Nogueira, foram outros envolvidos na chamada, Operação Politeia. A PF não confirmou oficialmente os nomes das pessoas que foram alvo das ações.

As investigações contra Collor de Melo e demais políticos, foram autorizadas pelo STF após pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, por suspeita de envolvimento no esquema milionário de corrupção na Petrobras.

Janot afirmou, em nota, que as medidas são necessárias para o esclarecimento dos factos investigados no âmbito do STF, "sendo que algumas se destinaram a garantir a apreensão de bens adquiridos com possível prática criminosa e outras a resguardar provas relevantes que poderiam ser destruídas caso não fossem apreendidas”.

Na tribuna do Senado, Collor de Melo disse que o seu apartamento foi "arrombado" pelos agentes da PF e atacou Janot, a quem acusou, entre outras coisas, de o perseguir.

A Procuradoria-Geral da República informou, por meio de comunicado, que não houve qualquer irregularidade no cumprimento da operação.

O presidente do Senado, Renan Calheiros, também se manifestou sobre a operação por meio de nota lida no plenário. Ele afirmou que a busca e apreensão realizada pela PF nos imóveis de senadores são uma "violência contra as garantias constitucionais em detrimento do Estado Democrático de Direito".

A Lava Jato investiga um esquema de corrupção na Petrobras no qual empresas externas formaram um cartel para vencerem contratos de obras para a empresa estatal. Em troca, pagavam subornos a funcionários da empresa, a operadores que lavavam o dinheiro do esquema, a políticos e partidos.