Violência põe em causa eleições no México

Milhões de mexicanos votaram domingo para as eleições intercalares, marcadas pela violência nos estados do sul, onde a polícia e militares foram destacados para guardar as mesas de voto.

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Violência põe em causa eleições no México

Os protestos surgiram nos estados de Oaxaca, Chiapas e Guerrero, com a intenção de impedir as eleições, por professores que estão contra uma lei de reforma da escola pública, introduzida pelo presidente Enrique Pena Nieto.

Incendiaram documentos eleitorais e danificaram as sedes dos principais partidos políticos.

Os tumultos continuaram domingo, em Tixla, onde os protestantes roubaram e queimaram urnas de voto e boletins eleitorais, o que levou ao fecho de 17 mesas de voto – cerca de 60% das mesas de voto no estado de Guerrero.

Além de protestarem contra a lei de reforma escolar, os protestantes querem também desafiar a administração do presidente Peña Nieto e exigir justiça no caso dos 43 estudantes desaparecidos em setembro passado.

Familiares e apoiantes das vítimas rejeitam a versão oficial que diz que os estudantes foram sequestrados e os seus corpos queimados por membros de um gangue e depois depositados num rio.

Também foram queimadas urnas em Oaxaca, um dos mais pobres estados do México. A organização dos estados americanos foi forçada a suspender a sua missão de observação para assegurar a segurança dos seus representantes.

As eleições intercalares decidem o destino de 500 lugares na câmara baixa do congresso, nove governadores e centenas de presidentes de câmara.

Peña Nieto espera manter uma maioria no congresso, para continuar a impor mudanças constitucionais que irão, entre outras coisas, pôr fim ao monopólio público na indústria do petróleo, reformar o ensino público, telecomunicações, lei das finanças e sistema eleitoral.

Apesar dos protestos e de uma serie de escândalos políticos que causaram uma queda dos números de aprovação do presidente, o partido no poder, partido revolucionário institucional, deverá manter um terço dos lugares do congresso, enquanto que o partido da oposição, partido de ação nacional, deverá eleger um quarto dos lugares.

Os resultados oficiais deverão ser conhecidos hoje.


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