Cerca de 100 mil moçambicanos abandonaram as suas casas devido a ataques terroristas

Devido ao aumento dos ataques dos grupos armados no norte de Moçambique, cerca de 100 mil pessoas abandonaram as suas casas no espaço de 1 mês.

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Cerca de 100 mil moçambicanos abandonaram as suas casas devido a ataques terroristas

Devido ao aumento dos ataques dos grupos armados no norte de Moçambique, cerca de 100 mil pessoas abandonaram as suas casas no espaço de 1 mês.

De acordo com o balanço feito pela Organização Internacional das Nações Unidas para as Migrações (OIM), cerca de 100 mil pessoas, na sua maioria mulheres e crianças, foram forçadas a deixar as suas casas entre 8 de fevereiro e 3 de março, na região de Cabo Delgado.

Entre as datas mencionadas, foram realizados 103 ataques em Chiure, Macomia e Mecufi.

Por outro lado, aumentou a necessidade de alimentos e abrigos para os civis que tiveram de abandonar as suas casas.

Em Cabo Delgado, onde se encontram gás natural e minas valiosas, a empresa francesa de energia Total está a construir uma fábrica de gás natural liquefeito. A Total, que interrompeu os seus trabalhos devido a problemas de segurança, anunciou que as operações seriam retomadas quando a segurança estivesse garantida.

Na região de Cabo Delgado, em Moçambique, quase 4 mil pessoas perderam a vida e centenas de milhares de pessoas tiveram que se deslocar desde 2017 nos ataques da organização terrorista Ansar al-Sunna contra civis.

Depois de a organização se ter apoderado de pontos estratégicos na região, mercenários estrangeiros e a missão da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) começaram a lutar contra o terrorismo.

No âmbito da missão da SADC, centenas de soldados de Angola, Botswana, República Democrática do Congo, Lesoto, Malawi, África do Sul, Tanzânia e Zâmbia estão a prestar serviço no país. O Ruanda também apoia a luta contra o terrorismo com as suas tropas especiais.



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