Somália: 12 mortos nas explosões que ocorreram na capital

Os atentados foram realizados com carros armadilhados e as explosões ocorreram com um intervalo de 30 minutos entre si.

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Somália: 12 mortos nas explosões que ocorreram na capital

Pelo menos 12 pessoas morreram e outras 24 ficaram feridas, em duas grandes explosões causadas pelo grupo terrorista Al-Shabab este sábado no centro de Mogadíscio – a capital da Somália - em frente ao Palácio Presidencial e ao lado do Teatro Nacional. Entre os mortos estão o conhecido jornalista somali Awil Dahir Salaad, da "Universal TV".

Os atentados foram realizados com carros armadilhados e as explosões ocorreram com um intervalo de 30 minutos entre si. O ataque tinha como alvo um comboio de veículos do governo que seguia em direção ao Palácio Presidencial.

Antes das explosões, Mogadíscio já estava sob o estado de emergência devido à recente tentativa de submeter o presidente da Somália, Mohamed Abdullahi Farmajo, a uma moção de censura. O processo foi cancelado no dia 11 de dezembro por não conseguir o apoio necessário, já que vários deputados se negaram a assinar o texto da moção. A maioria dos agentes de segurança da região tinha sido deslocada para controlar os acessos a Mogadíscio, o que permitiu aos membros do Al-Shabab orquestrarem o atentado.

A área atacada está interditada e cercada por militares para evitar novos incidentes. Foram emitidos alertas sobre a possibilidade de mais veículos com explosivos estarem preparados para atacar outros lugares da cidade.

A Somália vive em um estado de guerra desde 1 991, quando o ditador Mohammed Siad Barre foi derrubado, o que deixou o país sem um governo efecaz e nas mãos de milícias armadas e senhores da guerra. O Al-Shabab, que anunciou em 2 012 a sua adesão à rede Al Qaeda, controla parte do território - no centro e no sul do país - e luta para instaurar um estado islâmico wahhabista.



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