Protestos anti-migrantes na África do Sul tornam-se violentos
Os confrontos se espalharam à medida que trabalhadores estrangeiros e manifestantes anti-imigrantes se encontraram frente a frente na capital da África do Sul, Pretória, à medida que as tensões entre os moradores desempregados e os lojistas não-nacionais
A polícia sul-africana disparou gás lacrimogêneo, canhões de água e balas de borracha para dispersar marchas rivais em Pretória, na sexta-feira, quando protestos contra trabalhadores migrantes se tornaram violentos.
Os manifestantes, que acusam os trabalhadores migrantes de roubar oportunidades de emprego, ergueram barricadas e queimaram pneus na área de Atteridgeville, a oeste de Pretória. Outros saquearam lojas pertencentes a estrangeiros.
Trabalhadores migrantes também vieram para enfrentar os manifestantes, forçando a polícia a formar uma barreira para evitar confrontos entre as duas multidões. Alguns manifestantes vieram armados com varas e pedras.
Aumento das tensões
Os locais acusam os estrangeiros de espalhar o crime, enquanto os trabalhadores migrantes dizem que só estão se defendendo depois de serem alvo de ataques xenófobos.
Khomotso Phahlane, comissário da Polícia Nacional, anunciou na sexta-feira que 156 pessoas foram presas nas últimas 24 horas, mas não ficou claro quantas pessoas estavam sob custódia dos sul-africanos e quantos estrangeiros.
O presidente Jacob Zuma condenou atos de violência entre cidadãos e não nacionais, disse seu escritório em um comunicado na sexta-feira. Zuma apelou aos cidadãos para não culpar todo o crime em não-nacionais.
O ministro do Interior, Malusi Gigaba, reconheceu nesta quinta-feira que a violência se intensificou contra os estrangeiros neste ano, acrescentando que "infelizmente, a violência xenófoba não é algo novo na África do Sul".
Fonte: TRTWorld, Reuters