Medicamentos falsificados ameaçam vidas no Congo

Pelo menos 122.350 crianças africanas morreram em 2013 devido a medicamentos anti malária falsificados, diz OMS.

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Medicamentos falsificados ameaçam vidas no Congo

Medicamentos falsos que inundam o mercado congolês ameaçam a vida de milhões de pessoas, tanto na República do Congo quanto em outras partes da África, alertou o Conselho Nacional de Farmacêuticos do Congo (NPC) na sexta-feira.

Desde o início dos anos 1990, os medicamentos ilegais ou falsificados têm inundado o mercado local no Congo e outros países africanos.

Em junho e setembro do ano passado, pelo menos 40 toneladas de medicamentos falsificados foram apreendidos pela Interpol na capital congolesa de Brazzaville e mais de 120 toneladas em Pointe-Noire, a segunda maior cidade do país, de acordo com a presidente da NPC, Hyacinthe Ingani.

A Organização Mundial de Saúde diz que no ano passado, a Organização Mundial das Alfândegas (OMA) apreendeu mais de 82 milhões de unidades de drogas ilícitas e antibióticos no valor de mais de US$ 40 milhões em uma grande operação de busca e apreensão ao longo das costas leste e Oeste Africana.

Segundo a OMS, pelo menos 122.350 crianças africanas morreram em 2013 devido a medicamentos anti malária falsificados.

"A regulamentação rígida de medicamentos, juntamente com a aplicação pelas autoridades reguladoras nacionais, contribue significativamente para a prevenção e detecção de falsificações" disse Collins Boakye-Agyemang, o representante da OMS em Brazzaville à Agência Anadolu.

Boakye-Agyemang acrescentou que a falta de recursos humanos locais e laboratórios, sanções fracas para os infratores, e o custo de varejo de produtos farmacêuticos no mercado local têm contribuído para a preponderância de medicamentos falsificados na África.


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