UE aprova missão para combater tráfico humano

A União Europeia aprovou uma missão naval, segunda-feira, para conter os traficantes de emigrantes provenientes da Líbia.

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UE aprova missão para combater tráfico humano

Partes de um plano mais amplo para lidar com a situação começaram a ser revelados, a meio de uma polémica sobre as cotas nacionais para os que procuram asilo.

A morte de muitas centenas de pessoas no mar, incluindo o afogamento de cerca de 900 num único acidente no Mediterrâneo no mês passado, levou governos europeus a dar uma resposta mais firme.

No entanto, além de um financiamento maior para as operações de resgate, a UE está dividida sobre como agir num momento em que partidos anti-imigrantes ganham apoio em alguns países.

"Este é apenas o começo. Agora começa o planeamento ", disse a chefe de política externa da UE, Federica Mogherini, sobre a missão naval, acrescentando que a operação pode começar no próximo mês.

A União Europeia quer prender os contrabandistas e destruir os seus barcos, ao largo da costa da Líbia, para combater a crescente emigração de pessoas que fogem da guerra e da pobreza em África e no Médio Oriente, mas muitos países europeus querem autorização da ONU para operar perto da costa de um país que vive situação caótica desde que as potencias ocidentais apoiaram uma revolta de 2011 que derrubou Muammar Gaddafi.

O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, exortou a Europa a dar este passo, em parte porque os militantes do Estado Islâmico poderiam estar "também a tentar esconder-se, misturando-se entre os imigrantes", com o fim de chegar à Europa.

Pelo menos 51.000 imigrantes entraram na Europa este ano, atravessando o Mar Mediterrâneo, tendo 30.500 chegado pela Itália. Cerca de 1.800 afogaram-se na tentativa de chegar à Europa, disse a agência de refugiados da ONU.

Como parte da sua estratégia para emigração, a Comissão Europeia revelou na semana passada um plano para aceitar mais 20.000 refugiados ao longo dos próximos dois anos, uma resposta à situação de emergência. Reuters


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