Aproximadamente 200 mil civis sírios foram forçados a sair de suas casas nos últimos cinco meses devido aos ataques contínuos do regime de Bashar al Assad à província de Idlib, apesar do Acordo de Sochi.

Segundo o diretor da ONG Coordenadores de Resposta, Mohamed Hallaj, 122.448 civis fugiram de suas casas devido ao bombardeio de artilharia do regime sírio a áreas povoadas no sul da cidade de Idlib e o norte de Hama desde 17 Setembro de 2018, o dia em que o acordo sobre o Idlib foi assinado na cidade russa de Sochi, entre a Rússia e a Turquia.

"Na semana passada, populações civis no sul de Idlib e na planície de Gab, a oeste de Hama, foram fortemente bombardeadas.

Ao amanhecer de hoje a cidade de Jisru'sh-Shugur foi bombardeada pelo ar. A causa dos deslocamentos é o aumento dos bombardeios ", disse Hallaj em conversa com o correspondente da Agência Anadolu na quinta-feira."(O regime) está esvaziando (a zona) peça por peça por bombardeio.

O fardo dos refugiados nos campos é demais para as ONGs. Os novos (refugiados) que chegam são recebidos por outros refugiados. Não há projeto ou investimento na área. Então os refugiados ficam sem emprego.

O principal pedido da maioria dos que chegam é uma barraca e pacotes de ajuda ", acrescentou Hallaj.

A Síria está apenas começando a emergir de um conflito devastador que começou no início de 2011, quando o regime de Bashar al Assad reprimiu os manifestantes com força inesperada.

De acordo com dados da ONU, centenas de milhares de civis morreram ou foram deslocadas no conflito, principalmente pelo regime de ataques aéreos em áreas controladas pela oposição.

Agência Anadolu