"A Turquia espera que a UE forneça sugestões orientadas para soluções em vez de ameaças"

A Turquia anunciou que espera que a União Europeia (UE) ofereça sugestões que visem soluções tangíveis, imparciais e que sirvam a interesses comuns, em vez de ameaças.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Hami Aksoy, em um comunicado, respondeu a perguntas sobre os capítulos relacionados à Turquia nas decisões da Cúpula da UE.

Aksoy indicou que a Turquia apoia a redução da tensão e do diálogo mostrando boa intenção às respostas positivas aos apelos a este respeito e recordou que espera que sejam tomadas medidas para alcançar resultados concretos.

“Não é de estranhar que a UE, que sempre ignora a atitude tendenciosa das teses da Turquia, qualificou de 'provocação' a ​​determinação do nosso país em defender os nossos direitos e dos cipriotas turcos na reunião de hoje (ontem)", expressou.

Aksoy salientou que a UE, ao insistir em falar de sanções em vez de promover o diálogo e a reconciliação, mostra que o seu propósito e linguagem estão longe da sinceridade e da construtividade.

"A UE deve resolver os problemas demonstrando respeito pelos direitos da Turquia e dos cipriotas turcos no quadro de interesses comuns e de uma agenda comum para o futuro. Para isso, deve parar de ceder incondicionalmente às exigências irracionais e estragadas da Grécia e da Parte greco-cipriota. É preciso saber que a linguagem ameaçadora não funciona contra a Turquia", explicou.

No comunicado final da Cimeira dos Líderes da UE, foi argumentado que a Turquia empreende ações "unilaterais" no Mediterrâneo Oriental e foi comunicado que o Conselho Europeu (CE) está incomodado com esta situação.

O capítulo das relações exteriores da declaração final da cimeira incluía 12 artigos relativos à Turquia em que se referiam às resoluções aprovadas na cimeira realizada entre 1 e 2 de outubro e afirmava-se que a Turquia toma ações unilaterais e provocativas no Mediterrâneo Oriental com suas explorações recentes.