A Turquia rejeita veementemente a declaração do Departamento de Estado dos EUA
“A qualificação como 'terrorista' do representante legal do Hamas que subiu ao poder após eleições democráticas e é uma realidade importante na região não contribuirá para os esforços de restauração da paz”.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Turquia, Hami Aksoy, disse que o porta-voz do Departamento de Estado dos EUA fez uma declaração "excessiva" a respeito da recepção do presidente Erdogan em 22 de agosto ao chefe do Gabinete Político do Hamas, Ismail Haniyeh, e sua delegação acompanhante em Istambul.
"Rejeitamos veementemente esta declaração."
Aksoy destacou que a qualificação como "terrorista" do representante legal do Hamas, que assumiu o poder após eleições democráticas e é uma realidade importante na região, não contribuirá para os esforços de restauração da paz e estabilidade regionais.
“E mais, um país que apóia abertamente a gangue terrorista separatista PKK - em sua própria lista de organizações terroristas -, que hospeda o chefe da Organização Fetullahista Terrorista (FETÖ), não tem o direito de dizer algo sobre o assunto a terceiros países”, declarou.
O porta-voz destacou que o governo dos Estados Unidos proclamou o Hamas como grupo terrorista que faz parte dos esforços de consenso interno entre os palestinos; fechou o escritório da OLP em Washington, e desta forma o governo dos Estados Unidos se isolou das realidades da região cortando sua comunicação com o governo e o povo palestino.
"Portanto, pedimos ao governo dos EUA que busque sinceramente uma solução com base na justiça internacional e imparcial para o conflito israelense-palestino, adotando políticas igualitárias em vez de usar sua influência na região exclusivamente para os interesses de Israel."
