A Turquia reage contra o Relatório de Terrorismo de 2019 preparado pelos Estados Unidos

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Turquia, Hami Aksoy, enviou uma resposta por escrito a uma pergunta ao Ministério sobre o Relatório de Terrorismo de 2019, preparado pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos.

O relatório, observou Aksoy, reflete a luta da Turquia contra a banda terrorista DAESH e seus esforços para impedir as ações de terroristas estrangeiros. Ele ressaltou que os ataques da banda terrorista separatista PKK contra os interesses da Turquia no território nacional e no exterior continuam.

“A Turquia é a única nação que está lutando frente a frente com suas forças de segurança contra o DAESH. Além disso, contribui consideravelmente para a segurança do público internacional, cumprindo suas responsabilidades na prevenção de ações de terroristas estrangeiros. Por outro lado, sempre toma medidas máximas para evitar baixas civis nas operações transfronteiriças que exerce para combater grupos terroristas”, resumiu o porta-voz.

Aksoy observou que, de acordo com o relatório, "a Turquia qualifica o YPG como a ramificação do PKK na Síria".

“Com isso, é para encobrir que o YPG é a mesma quadrilha terrorista que o PKK. Essa abordagem significa abster-se de enfatizar abertamente as características terroristas do YPG e, mais ainda, apoia a colaboração entre os Estados Unidos e essa banda terrorista. Além disso, sabe-se que as declarações das autoridades, instituições e militares dos EUA são de que o PKK e o YPG são a mesma banda terrorista. Os Estados Unidos já devem entender que não é correto colaborar com um grupo terrorista para combater o outro".

O porta-voz do exterior afirma que o relatório interroga - como nos anos anteriores - a característica terrorista da Organização Terrorista Fetullahista (FETÖ) e critica as medidas legítimas adotadas pela Turquia para combater essa quadrilha.

“A situação é uma evidência de que os Estados Unidos ainda continuam com sua posição de ignorar a tentativa de golpe traiçoeiro em 15 de julho. Mais uma vez, dezenas de evidências apresentadas em conexão com o grupo terrorista traiçoeiro caíram em ouvidos surdos. Essa mentalidade mostra que 'você não quer entender' a luta que a Turquia está travando contra a FETÖ que está por trás da traiçoeira revolta de 15 de julho que deixou 251 cidadãos inofensivos martirizados. As medidas que aparecem no relatório são as adotadas pela Turquia no âmbito da legalidade para combater o FETÖ”, afirmou.