Tribunal aprova a acusação sobre o assassinato do embaixador Karlov

A 2ª sala do Tribunal de Primeira Instância de Ancara deu a sua aprovação ao sumário do assassinato do embaixador russo em Ancara, Andrei Karlov.

A primeira audiência do caso será no dia 8 de janeiro.

O sumário do Escritório de Investigação de Terrorismo e Crimes Organizados do Procurador de Ancara com 600 folhas foi preparado pelo promotor Adem Akıncı. Inclui 28 suspeitos, incluindo o chefe do FETÖ, Fetullah Gülen.

São acusados de crimes de "violação da ordem constitucional", "pertencer a um grupo terrorista", "assassinato premeditado com fins terroristas", "tentativa de atentar contra pessoa" e "fazer disparos com finalidade de causar pânico e caos para fins terroristas " e se pede sentenças de prisão e reclusão perpétua.

Os demandantes são a viúva Marina Mihailovna Karlova, e os feridos por causa do tiroteio, Anıl değer, Leyla Gündoğan e Anastas Zimrikaki.

De acordo com a acusação; O FETÖ, que é ao mesmo tempo um grupo de espionagem e inteligência, e autor do fracassado golpe de 15J, está por trás do assassinato. "O ataque é um ato provocativo para prejudicar as relações entre a Turquia e a Rússia".

"O ataque de Karlov foi cometido pelo FETÖ para confrontar as duas nações. O grupo fez seus planos seis meses antes do assassinato. O magnicida Mevlüt Altıntaş (neutralizado na cena) iria se infiltrar como escolta policial, onde um jantar para quebrar o jejum organizada pelo Partido AK em 27 junho de 2016 com a ajuda da embaixada seria realizado, posto que recebeu a ordem do FETÖ para atentar contra Karlov. O caso é que Altıntaş usaria um distintivo da presidência do governo para evitar causar suspeitas, mas o embaixador estava em outro país. Karlov foi morto a tiros pelo policial Mevlüt Mert Altıntaş quando apresentava um discurso na abertura de uma exposição de fotos na Galeria "Çağdaş Sanatlar" em Ancara, em 19 de dezembro de 2016.